Porta giratória às avessas no governo do Rio de Janeiro
Vem chamando a atenção de deputados estaduais do Rio de Janeiro o fenômeno da Porta giratória às avessas no governo do Rio de Janeiro
atualizado
Compartilhar notícia
Vem chamando a atenção de deputados estaduais do Rio de Janeiro a proximidade de autoridades encarregadas de regular o setor de saneamento no estado com as empresas por eles fiscalizadas. Um dos casos que causou perplexidade é o da secretária-executiva de Assuntos Regulatórios da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico (Agenersa), Daniela Gaio.
Segundo o LinkedIn da secretária, ela saiu no fim de 2022 do cargo de advogada da empresa Iguá Saneamento para a Casa Civil do estado. Foi assessora na Subsecretaria de Concessões e Parcerias, fazendo a gestão de contratos de concessão, e depois tornou-se se superintendente dos contratos de concessão.
Ocupou o cargo por quase dois anos e, em abril de 2024, assumiu a secretaria-executiva da Agenersa. A agência é a responsável por regular a atuação da Iguá. A empresa atua na região de Barra da Tijuca e Jacarepaguá, na capital, e nos municípios de Paty do Alferes e Miguel Pereira, no Centro-Sul do estado.
Deputados têm brincado que é o fenômeno da “porta giratória às avessas”. No serviço público, a “porta giratória” ocorre quando os ocupantes de cargos de confiança saem do governo para assumir postos em organizações privadas que atuam no mesmo setor, o que coloca em risco uma série de informações sensíveis da administração pública. No caso em questão, foi o contrário. Gaio saiu da empresa para atuar na regulação do antigo empregador.
Receba o conteúdo da coluna no seu WhatsApp e assine a newsletter de e-mail