metropoles.com

Vice de Sergio Moro: por que o Podemos cogita Luciano Bivar

Direção do Podemos acredita que Luciano Bivar, futuro presidente do União Brasil, daria sinais de governabilidade para o mundo político

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
O ex-juiz Sergio Moro ao lado de Luciano Bivar, futuro presidente do União Brasil, e de Renata Abreu, presidente do Podemos
1 de 1 O ex-juiz Sergio Moro ao lado de Luciano Bivar, futuro presidente do União Brasil, e de Renata Abreu, presidente do Podemos - Foto: Reprodução

A ida de Sergio Moro para o União Brasil está descartada, mas a indicação de Luciano Bivar para assumir a vice na chapa do ex-juiz é uma possibilidade que continua muito viva no Podemos. Basicamente por dois fatores.

Primeiro, a coordenação da pré-campanha de Moro entende que precisa sinalizar ao mundo político que uma administração liderada pelo ex-juiz teria governabilidade. Um acerto com Bivar, o futuro presidente do União Brasil, simbolizaria essa ideia.

Moro tem ouvido cobranças para formalizar alianças políticas que deem sustentação à candidatura. Causa incômodo no entorno do ex-juiz a publicidade gerada pelos encontros de Lula com lideranças de fora da esquerda, que passam a ideia de que o petista terá uma boa governabilidade.

Integrantes do Podemos justificam a eventual aliança com Bivar fazendo comparações com os outros candidatos. Na visão do partido, Lula buscou Geraldo Alckmin para se aproximar do centro, enquanto Bolsonaro pensa no general Walter Braga Netto para fidelizar a sua base eleitoral. Ainda segundo a sigla, João Doria cogita oferecer o cargo a uma mulher para acenar ao eleitorado feminino. E Moro?

A segunda razão é que Bivar será o dono do bilionário cofre do União Brasil. O partido terá R$ 1 bilhão para gastar na campanha, e será o presidente do partido quem dará a palavra final, ainda que não isoladamente, onde e em quem o valor será investido. Naturalmente, Bivar aportaria mais dinheiro na candidatura de Moro se for ele o escolhido para a vice.

Quando são questionados sobre eventuais desgastes que as suspeitas criminais que pesam sobre Bivar poderiam trazer para a candidatura, os conselheiros de Moro reforçam que o mais importante é pensar nos sinais de governabilidade que a negociação enviaria. Para eles, a indicação do vice não será fator determinante para o ex-juiz crescer ou cair nas pesquisas.

11 imagens
A união dos dois se deu pela forte oposição ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Presidente Jair Bolsonaro e o então ministro Sergio Moro
Outrora aliados, Bolsonaro e Moro trocam críticas públicas frequentemente
No fim de agosto de 2019, Bolsonaro ameaçou tirar Maurício Valeixo, chefe da Polícia Federal indicado por Moro, do cargo de direção da corporação
“Ele é subordinado a mim, não ao ministro, deixar bem claro isso aí”, afirmou, na época, o presidente
1 de 11

Após 22 anos de magistratura, o ex-juiz Sergio Moro, conhecido por conduzir a Lava Jato, firmou aliança com Bolsonaro e assumiu a condução do Ministério da Justiça, em 2019

Rafaela Felicciano/Metrópoles
2 de 11

A união dos dois se deu pela forte oposição ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Igo Estrela/Metrópoles
3 de 11

Presidente Jair Bolsonaro e o então ministro Sergio Moro

Igo Estrela/Metrópoles
4 de 11

Outrora aliados, Bolsonaro e Moro trocam críticas públicas frequentemente

Andre Borges/Esp. Metrópoles
5 de 11

No fim de agosto de 2019, Bolsonaro ameaçou tirar Maurício Valeixo, chefe da Polícia Federal indicado por Moro, do cargo de direção da corporação

Rafaela Felicciano/Metrópoles
6 de 11

“Ele é subordinado a mim, não ao ministro, deixar bem claro isso aí”, afirmou, na época, o presidente

Rafaela Felicciano/Metrópoles
7 de 11

Em 24 de abril de 2020, Bolsonaro exonerou Valeixo do comando da PF e Moro foi surpreendido com a decisão

Rafaela Felicciano/Metrópoles
8 de 11

Sergio Moro critica o presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma entrevista ao Estadão

HUGO BARRETO/ Metrópoles
9 de 11

Para o senador, Moro não representa um adversário forte por não integrar o cenário político e não possuir o "exército de seguidores" de Bolsonaro

Rafaela Felicciano/Metrópoles
10 de 11

Em novembro, o ex-juiz retorna ao Brasil e se filia ao partido Podemos. Pela sigla, lançou-se pré-candidato à Presidência da República

Rafaela Felicciano/Metrópoles
11 de 11

A relação, antes amigável, torna-se insustentável. Em entrevistas e nas redes sociais, Moro e Bolsonaro protagonizam trocas de farpas

Rafaela Felicciano/Metrópoles

Já leu todas as notas e reportagens da coluna hoje? Clique aqui.

Siga a coluna no Twitter e no Instagram para não perder nada.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comGuilherme Amado

Você quer ficar por dentro da coluna Guilherme Amado e receber notificações em tempo real?