Política do Banco Central é “libertinária”, diz subprocurador do TCU
Para Lucas Furtado, subprocurador-geral do TCU, autonomia do BC pode trazer “riscos e incertezas” ao Brasil
atualizado
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O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, defende que o TCU aja para regular a atuação do Banco Central na taxa de juros, chamando a política monetária de “política libertinária”.
Como mostrou o jornalista Julio Wiziack, aliados de Lula no Congresso querem usar um processo contra o Banco Central no TCU para pressionar pela redução da taxa de juros e forçar a saída de Roberto Campos Neto.
Para Lucas Furtado, do MPTCU, “é preciso discutir sobre o modelo adotado relativo ao Sistema Financeiro Nacional, especialmente, diante dos riscos e incertezas que a autonomia do Banco Central pode trazer aos rumos econômicos do país”.
Ele cita o processo em que Campos Neto é parte no TCU, que apura suposta inconsistência contábil de R$ 1 trilhão no balanço da autarquia no ano de 2019. “Ainda que o contraditório e o in dubio pro reo existam, pairam dúvidas acerca das assertivas das tomadas de decisão do Presidente da Autarquia”, afirma.