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Policial civil aliado de Lira levou golpe de investigados por tráfico

Polícia Federal (PF) concluiu que policial civil, que comprou imóvel que não podia ser vendido, foi vítima de investigados por tráfico

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Murilo Sergio Jucá Nogueira Junior e a casa que adquiriu
1 de 1 Murilo Sergio Jucá Nogueira Junior e a casa que adquiriu - Foto: Reprodução

O policial civil de Alagoas Murilo Sergio Jucá Nogueira Junior, aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, foi vítima de um golpe ao tentar comprar um imóvel de R$ 1,1 milhão de investigados por tráfico de drogas, concluiu a Polícia Federal (PF).

Jucá Nogueira Junior foi um dos investigados pelo desvio de R$ 8,1 milhões com kits de robótica em Alagoas. Os inquéritos foram arquivados por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.

Em fevereiro de 2022, o policial comprou, por R$ 1,1 milhão, uma mansão em Barra de São Miguel (AL), à beira-mar, de Silvia Rejane de Souza Araújo, ex-sogra de um líder do PCC. Anos antes, em agosto de 2016, Silvia Rejane havia pago R$ 1,7 milhão pelo imóvel.

O imóvel, porém, não podia ser vendido porque sua propriedade havia sido tomada pela União no âmbito da Operação Duas Faces, uma investigação contra o tráfico de drogas em Alagoas.

Inicialmente, o policial foi investigado pela PF pela suspeita de que a transação pudesse ser parte de um esquema de lavagem de dinheiro. Depois, foi considerado inocente. Os investigadores consideram que ele agiu de boa fé, sem saber que o bem tinha sido tomado pela União.

Procurado sobre o caso, Nogueira Junior e seus advogados não responderam ao contato da coluna. Ele está pedindo a restituição do imóvel em uma ação que tramita no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL).

Jucá Nogueira Júnior cedeu sua caminhonete Toyota Hilux para a campanha de Arthur Lira em 2022, serviço estimado em R$ 4 mil. O carro também foi usado para fazer entregas de dinheiro investigadas no caso dos kits de robótica. Assim como ocorreu com os os demais investigados, o inquérito contra ele foi arquivado por Gilmar Mendes.

A investigação apontou que havia transações atípicas identificadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) na conta de Jucá Nogueira Junior. Em 2022, ele movimentou R$ 38 milhões em créditos e R$ 38 milhões em débitos (ao todo, R$ 76 milhões).

O salário de Jucá Nogueira Junior como policial é de R$ 10 mil, mas sua renda vem principalmente de suas empresas que têm contratos com a administração pública, segundo os relatórios financeiros.

Com patrimônio milionário, o policial é alvo de um procedimento na corregedoria da Polícia Civil de Alagoas, que verifica se ele cumpria regularmente sua rotina de trabalho apesar de sua atividade como empresário.

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metropoles.comGuilherme Amado

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