Polícia do RJ não investigou morte de apontado por contratar assassino de Marielle
A Polícia Civil do Rio de Janeiro rebate a informação e diz que MP do Rio segurou inquérito por dois anos sob sigilo
atualizado
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A Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, segundo investigadores do caso Marielle, não investigou a morte de Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé, e apontado na delação de Élcio Queiroz como a pessoa que contratou Ronnie Lessa para matar a vereadora Marielle Franco. O homem, executado em 2021, foi apontado como um intermediário entre Lessa e o mandante. Investigar sua morte, portanto, poderia ser importante para chegar a quem encomendou o assassinato da vereadora.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro rebate a informação e diz que MP do Rio de segurou inquérito por dois anos sob sigilo.
Macalé foi executado na Avenida Santa Cruz, em Bangu, na zona oeste do Rio. Como o crime não foi investigado, a Polícia Federal não tem elementos nem para saber se o assassinato teve ligação com o caso Marielle ou se foi queima de arquivo com conexão com outros casos. Segundo as investigações da Polícia Federal, Edimilson Oliveira da Silva era um sicário da milícia.
A falta de investigação do caso também reforçou para a PF como a Polícia Civil estava inerte às investigações do caso Marielle. Já era pública, na época do crime, a ligação de Macalé com Lessa.
Segundo o relato de Élcio de Queiroz, além de levar a encomenda para Ronnie, Macalé ajudou Lessa a monitorar a rotina da vereadora, seguindo Marielle meses antes do crime, que aconteceu em março de 2018.
Sargento da Polícia Militar, Macalé teria também, de acordo com a delação, participado de uma primeira tentativa de assassinato da vereadora, em 2017, mas que, segundo Élcio de Queiroz, não teria dado certo.