Polícia do RJ encontra R$ 70 mil em empresa ligada a miliciano
Agentes da Policia Civil encontraram três cofres em uma empresa de telefonia ligada a Zinho; apenas dois foram abertos
atualizado
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou nesta quarta-feira (28/2) três cofres na empresa de telefonia e internet Estrelar Web, operada pela milícia Bonde do Zinho. A empresa é alvo da primeira operação do grupo antilavagem de dinheiro criado pelo governo federal, o governo do RJ e os MPs estadual e federal: o Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra).
Agentes da Polícia Civil levaram mais de uma hora para conseguir abrir apenas dois dos três cofres, que tinha cerca de R$ 70 mil dentro. O outro será levado para perícia na Cidade da Polícia.
A operação desta quarta-feira conta com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro e mira especificamente fontes financeiras da milícia de Zinho.
A Estrelar Web já havia sido alvo da Polícia Civil em 2020, em uma operação contra o miliciano Ecko, que morreu em no dia 12 de junho de 2021. O grupo paramilitar, então, passou a ser comandado por Zinho, irmão de Ecko.
Já em 2020, a Estrelar Web tinha cerca de 110 mil assinantes em Itaguaí, Santa Cruz e Sepetiba, na Zona Oeste, com um faturamento mensal de quase R$ 6,5 milhões.
O miliciano se entregou à Polícia Federal na véspera de Natal do ano passado, mas seu grupo paramilitar continua atuando no Rio de Janeiro, em especial na Zona Oeste. Agentes da Polícia Civil cumprem 21 mandados de busca e apreensão por todo o estado.