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Polícia do RJ aponta irregularidades no serviço de câmeras corporais

PM do RJ notificou empresa responsável pelo sistema de câmeras corporais, apontando irregularidades no cumprimento do contrato

atualizado

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Câmeras em farda da PM do Rio de Janeiro
1 de 1 Câmeras em farda da PM do Rio de Janeiro - Foto: Reprodução

A Polícia Militar do Rio de Janeiro notificou a empresa L8 Group, responsável pelo sistema de câmeras corporais das fardas e viaturas da corporação, por supostas irregularidades no cumprimento do contrato. A companhia foi notificada em 5 de janeiro, depois de ter sido alertada em outubro do ano passado.

A notificação ocorreu no âmbito do contrato das câmeras de reconhecimento facial instaladas em rodovias, orlas e comunidades ocupadas por agentes de Segurança do estado, como o Complexo da Maré. Essas câmeras, segundo a corporação, deveriam ser integradas ao equipamento usado nas fardas dos policiais.

Além da falta de integração, a corporação cobrou a empresa por outras nove supostas irregularidades no contrato, entre elas a falta de um especialista para melhorar as configurações de reconhecimento facial e os atrasos na entrega de cronogramas.

Em sua defesa, enviada à corporação no dia 11 de janeiro, a L8 Group alegou que disponibilizou um técnico para configurar um sistema de reconhecimento facial nas câmeras, mas que a Polícia Militar do Rio de Janeiro não considerou o serviço “satisfatório”. A empresa argumentou que tem mantido analistas presencialmente na sede da Polícia Militar fluminense para as necessidades mais complexas de reconhecimento facial.

Sobre a integração das imagens de câmeras das ruas às imagens das câmeras corporais, a L8 Group informou, no documento, que instalou um programa para permitir que os dados gerados pelas imagens sejam compartilhados entre si. A integração das imagens gera alertas, tanto no Centro Integrado de Controle e Controle da Polícia, quanto nas câmeras das fardas.

A PM do Rio também apontou atraso no cronograma de entrega das câmeras do Pavão Pavãozinho. Por outro lado, a L8 Group sustentou que a corporação aceitou prorrogar o prazo de instalação dos aparelhos.

A L8 Group disse ainda que pediu a prorrogação da instalação das câmeras da favela Pavão Pavãozinho devido a uma demanda urgente da Polícia Militar, que pediu a entrega e instalação de 31 câmeras no Complexo da Maré, em outubro do ano passado.

A Polícia Militar ainda não respondeu à última manifestação da L8 Group. Um representante da corporação disse à coluna que audiências de conciliação estão em curso para que o serviço seja melhorado.

(Atualização às 18h do dia 2 de fevereiro de 2024: Em nota à coluna, a L8 informou que a integração das câmeras corporais com as câmeras fixas de reconhecimento facial está em fase de teste experimental com 100% de sucesso. Sobre os atrasos na entrega de cronograma, a empresa informou que “houve um ajuste entre as demandas iniciais emergenciais, decorrentes de operações iminentes de acontecerem à época da assinatura do contrato, e as demandas definitivas que foram passadas para a implantação”.)

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metropoles.comGuilherme Amado

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