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Polícia de SP investiga repasse de R$ 1,5 milhão a Valdemar Costa Neto

Valdemar Costa Neto, presidente do partido de Jair Bolsonaro, disse que obteve R$ 1,5 milhão com a venda de um terreno à empresa investigada

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Presidente do PL, Valdemar Costa Neto declara oposição do PL ao governo do presidente eleito Lula durante coletiva de imprnesa. Ele aparece de lado - Metrópoles
1 de 1 Presidente do PL, Valdemar Costa Neto declara oposição do PL ao governo do presidente eleito Lula durante coletiva de imprnesa. Ele aparece de lado - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

A Polícia Civil de São Paulo incluiu, em inquérito que investiga o crime de lavagem de dinheiro, a apuração de repasse de R$ 1,5 milhão a Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Jair Bolsonaro. Às autoridades os investigados disseram que o dinheiro se refere à venda de um terreno.

A investigada é a Puxe Comunicação, que já foi alvo de inquéritos por contratos firmados com as prefeituras de Santos (SP) e Santana de Parnaíba (SP). Entre movimentações consideradas suspeitas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), estão pagamentos de R$ 50 mil da Puxe para Valdemar Costa Neto entre março de 2018 e fevereiro de 2019.

O Coaf apontou que, “aparentemente, não há vínculo entre a empresa analisada e Valdemar”, e cita uma investigação do Ministério Público de São Paulo sobre a Puxe por “suposto envolvimento em processos de licitação superfaturados”.

Para justificar os repasses, os investigados apresentaram à Polícia Civil um contrato de compra e venda assinado em janeiro de 2017 de um terreno em Guararema (SP). O documento cita a cessão dos direitos de mineração no lote, com área de 80 hectares.

Imagens de satélite do Google demonstram, porém, que o terreno se manteve improdutivo nos últimos anos. Desde 2017, quando foi vendido, até outubro deste ano, o local permaneceu intacto, sem exploração agropecuária ou de mineração.

O inquérito ainda está em andamento em São Paulo. Procurada, a assessoria de Valdemar Costa Neto afirmou que o dinheiro se refere à venda do imóvel e que “rigorosamente toda a operação foi feita dentro da lei”.

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metropoles.comGuilherme Amado

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