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Polarização resiste e bolsonarismo supera Bolsonaro, alerta petista

Edinho Silva, ex-coordenador de comunicação da campanha de Lula, diz que insistir na polarização prejudicará os planos eleitorais do PT

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Edinho Silva, prefeito de Araraquara
1 de 1 Edinho Silva, prefeito de Araraquara - Foto: Reprodução

Nome forte do PT, o prefeito de Araraquara, Edinho Silva, está preocupado com a cristalização da polarização entre petistas e a extrema-direita, e faz um alerta para os riscos disso para o país e para o partido nas eleições de 2024 e 2026.

Coordenador de comunicação da campanha de Lula em 2022, Edinho declarou, em entrevista à coluna, que o bolsonarismo é maior do que a figura do inelegível Jair Bolsonaro, e que romper com a polarização é o principal desafio do Palácio do Planalto.

“É preciso ser feito. Não é simples. Eu não simplifico as coisas. Não é da noite para o dia que você quebra o ambiente construído no país, mas nós precisamos fazer. Temos que perseguir isso a todo custo. É preciso desbloquear o diálogo. Se você não desbloqueia o diálogo, você não convence. Hoje, o maior desafio é conseguir conversar com quem não votou no Lula, é conseguir conversar com aqueles que foram hegemonizados pelo bolsonarismo. Não podemos ter dúvidas que o bolsonarismo é maior do que o Bolsonaro”, afirmou, sem apontar dedos sobre de quem é a responsabilidade por o governo não ter conseguido fazer isso.

Edinho está prestes a lançar “Uma cidade na luta pela vida – Da pandemia ao 8 de Janeiro”, livro em que conta os bastidores sobre como Araraquara enfrentou a Covid-19 — e o negacionismo bolsonarista — e detalha sua participação na campanha de Lula e a reação do presidente aos ataques do 8 de Janeiro. Lula estava na cidade no dia da tentativa de golpe.

“O maior desafio do governo Lula 3 será reunificar o país”, declarou Edinho. “O Bolsonaro, pelos erros que cometeu, ficará inelegível e fora da vida pública por um período, mas o bolsonarismo continuará existindo. Só que nem todos que votaram no Bolsonaro são bolsonaristas ou se identificam com o bolsonarismo. Mesmo sem pensarmos igual, acho que esse é o nosso desafio. É fazer com que o Brasil consiga ser plural, diverso e pacífico.”

Caso o PT não consiga levar a tarefa adiante, Edinho avalia que o campo progressista não terá como inibir o crescimento de visões fundamentalistas, que passarão a refletir posições majoritárias no Congresso. Confira abaixo a íntegra da entrevista de Edinho.

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metropoles.comGuilherme Amado

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