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PM do RJ apagou imagens de câmeras corporais, diz Defensoria ao STF

Levantamento feito pela Defensoria Pública do RJ e protocolado no STF informa que a PMRJ apagou e manipulou imagens de câmeras corporais

atualizado

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Reprodução
Câmeras em farda da PM do Rio de Janeiro
1 de 1 Câmeras em farda da PM do Rio de Janeiro - Foto: Reprodução

Um levantamento feito pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro, protocolado no STF na última quinta-feira (24), aponta que a Polícia Militar do estado apagou e manipulou imagens de câmeras corporais.

No processo que trata da letalidade policial no estado, a Defensoria informa que, entre abril e julho deste ano, fez 90 pedidos de acesso à imagens de câmeras corporais e de viaturas. Contudo, apenas oito foram respondidos.

Dessas oito respostas, três deram acesso a links sem imagens e quatro eram gravações manipuladas. Na prática, os pedidos foram ignorados.

A Defensoria aponta que os links com imagens indisponíveis foram apagados. Um dos casos era de morte causada por um policial.

“Foi informado que a empresa contratada não teria encontrado os arquivos ‘em modo evidência’, ou seja, as gravações não foram marcadas como ‘evidência’ e, dessa forma, foram expurgadas pelo sistema de limpeza após 60 dias da data da gravação”, diz o levantamento.

Sobre as gravações manipuladas, o órgão diz que a câmera foi desviada para o rosto do policial e, em seguida, teve a lente obstruída. O vídeo seguiu sem imagens por 46 segundos e, quando a lente foi desobstruída, é possível ver os alvos da abordagem já algemados e sendo levados para a viatura.

Outra gravação manipulada mostra, durante uma hora, uma imagem preta com áudio e som de fundo. Segundo a Defensoria, a gravação indica que a câmera corporal foi deixada dentro da viatura.

Procurada, a Secretaria de Estado da Polícia Militar não respondeu aos questionamentos da coluna sobre o tema. O espaço está aberto a manifestações.

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