PM que deu rasteira em golpista no 8 de Janeiro vira réu por lesão
Ação aconteceu em invasão de golpistas ao Planalto no 8 de Janeiro; homenagem da Câmara Legislativa fez audiência judicial ser cancelada
atualizado
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O policial militar que deu rasteira em uma invasora do Palácio do Planalto no 8 de Janeiro foi tornado réu por lesão leve na Justiça Militar. A denúncia do Ministério Público do DF foi enviada em 13 de março e aceita no dia 22 de março. O crime tem pena de até 1 ano de detenção.
Durante os atos extremistas no Palácio do Planalto, o segundo-tenente Marco Teixeira deu rasteira em uma invasora. Segundo o Ministério Público do DF, enquanto os golpistas haviam se sentado no Salão Nobre do Planalto por ordem dos policiais, a mulher havia inalado gás lacrimogêneo e procurado os PMs para pedir auxílio, quando foi jogada ao chão.
O processo tramita no Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT). No último dia 20, uma audiência da ação judicial foi cancelada. Os advogados do policial afirmaram que Teixeira seria um dos homenageados na Câmara Legislativa do DF (CLDF) por um “ato de bravura” no 8 de Janeiro e também em uma operação no início do mês, na qual recuperou um carro roubado após trocas de tiros.
A homenagem aconteceu a pedido do deputado distrital e PM Hermeto, do MDB, que é relator da CPI do 8 de Janeiro na Casa. “Os policiais se mostraram como verdadeiros heróis garantindo a ordem pública da nossa capital”, escreveu Hermeto.
Procurada, a defesa de Teixeira afirmou que o policial fez um “excelente trabalho” durante o 8 de Janeiro, quando agiu com “técnica policial”. Disse ainda que a audiência judicial aconteceu na última segunda-feira (3/7).
“Toda a conduta praticada pelo policial foi pautada pela técnica policial, com objetivo maior de preservação da vida. Teixeira foi convidado a comparecer à sala de comissões da CLDF, no dia 20 de junho, para receber do deputado Hermeto a moção de louvor, em razão do excelente trabalho realizado no dia 8 de janeiro.”