PM do RJ fez 2,8 mil operações em favela desde proibição do STF
Desde março de 2020, PM do RJ está proibida pelo STF de fazer operações em favelas, mas, ainda assim, fez mais de 2 mil operações
atualizado
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A Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro fez pelo menos 2,8 mil operações em favelas desde março de 2020, quando o Supremo Tribunal Federal proibiu essa medida e determinou a elaboração de um plano para reduzir a letalidade policial.
A PM informou que fez 2.810 operações entre março de 2020 e maio de 2023. O número, que não considera os últimos quatro meses, equivale a uma média de duas operações policiais por dia. Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.
Segundo a corporação, todas essas operações têm “justificativa prévia” e cumprem os protocolos fixados pelo Supremo por meio de um “grupo temático”.
O STF determinou, em março de 2020, que as polícias do Rio de Janeiro e seus grupamentos especiais suspendessem todas as operações em favelas durante a pandemia.
Após o fim da pandemia, o tribunal decidiu que as operações continuarão suspensas até a elaboração e aprovação de um plano de redução da letalidade policial, o que ainda não ocorreu. O processo segue tramitando no STF.
As polícias do Rio de Janeiro se recusaram a seguir uma série de determinações do Supremo, principalmente o uso de câmeras corporais nas fardas dos agentes de segurança de grupamentos especiais. A data limite para a instalação das câmeras em todos os policiais era no dia 4 de julho. Entretanto, a Procuradoria-Geral do estado voltou a questionar a instalação do equipamento e pediu a prorrogação do prazo.