Planalto cita “polarização” e licita tapumes para proteger Bolsonaro
Palácio do Planalto gastará R$ 567 mil para comprar quantidade recorde de alambrado; contratação de tapumes e barricadas é inédita
atualizado
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O Palácio do Planalto avalia usar tapumes para separar manifestantes durante a eleição deste ano e a posse presidencial em janeiro de 2023, em Brasília. Nesta semana, a Presidência abriu licitação de R$ 567 mil para contratar 92 quilômetros de alambrado, seis quilômetros de tapumes metálicos e um quilômetro de barricadas, algo inédito.
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) citou “polarização de correntes político-ideológicas” e o “atual cenário político do país” para justificar a contratação, que busca evitar riscos a Jair Bolsonaro, familiares e ministros palacianos. A pasta também prevê aumento “significativo” de manifestações na Esplanada dos Ministérios.
A quantidade de alambrado contratada pela Presidência só aumenta: em 2017, foram 20 quilômetros. De 2018 a 2020, 40 quilômetros anuais. Em 2021, foram 60 quilômetros. Agora, em 2022, serão 92 quilômetros. Será a primeira vez que a Presidência contrata tapumes e barricadas, também citando o risco de protestos.