O PL de Jair Bolsonaro quer usar o empurrão das últimas eleições, em que elegeu 99 deputados federais na esteira do bolsonarismo, para se consagrar como um novo MDB, em referência ao papel que o partido tinha nos anos 1990 e 2000.

Para isso, o partido comandado por Valdemar Costa Neto quer eleger 1.000 prefeitos em 2024, o triplo dos 345 que emplacou em 2020.

Valdemar instituiu uma regra para garantir a viabilidade dos contemplados com seu fundo eleitoral. Em cidades em que mais de um político do PL quiser se candidatar, uma pesquisa eleitoral contratada pelo partido vai servir como base para escolher quem tiver mais chance.

Apesar da diminuição da bancada do MDB no Congresso nos últimos anos, o partido ainda liderou nas últimas eleições municipais, com 784 prefeitos eleitos.

A história mostra que dinheiro não resolve tudo, porém. O PL terá o maior fundo eleitoral da eleição, estimado em R$ 1 bilhão por Valdemar, mas pode repetir o fracasso do PSL em 2020. O partido elegeu uma grande bancada em 2019, mas foi mal nas disputas municipais.

No Congresso, as metas de 2026 também são ultra-ambiciosas. Mesmo com Bolsonaro fora do poder por quatro anos, o partido quer eleger uma bancada 120 deputados e 30 senadores, bem mais do que os 99 e 14 que conquistou em 2022.