PL aguarda movimentação do PT na eleição municipal do Rio
Partido de Jair Bolsonaro aposta em divisão para chegar ao segundo turno
atualizado
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O Partido Liberal (PL), de Jair Bolsonaro, ainda não se decidiu sobre qual estratégia quer adotar na eleição municipal do Rio de Janeiro. A escolha está entre um candidato bolsonarista ou um mais “moderado”.
Um cenário que favorece um nome visto internamente como mais moderado, como o senador Carlos Portinho ou o deputado Alexandre Ramagem, é imaginar que o PT vá apoiar o candidato do PSOL, Tarcísio Motta, o que dividiria o apoio da centro-esquerda entre ele e Eduardo Paes, do PSD.
Isso porque em um eventual segundo turno ente Paes ou Motta contra um bolsonarista “raiz”, como Braga Netto ou Eduardo Pazuello, a polarização ajudaria a esquerda a se eleger, enquanto um nome mais ao centro teria mais chances.
Já se Eduardo Paes conseguir agregar o apoio do PT, seria preciso usar a base de eleitores bolsonarista para alavancar um candidato com quem a direita tem mais identificação. Nesse caso, um nome mais radical seria preferível, já que a possibilidade de chegar ao segundo turno diminui.
A escolha recairá sobre a família Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que têm esperado as peças se organizarem um pouco melhor no tabuleiro da esquerda antes de tomar uma decisão.
Como mostrou a coluna, o PT participará de um evento do PSol, nesta sexta-feira, (20/10) para discutir uma frente ampla na candidatura de Tarcísio. O PDT de Martha Rocha, pré-candidata, também está conversando com o PSol.