PGR pede 14 depoimentos para apurar vídeo de Jefferson contra Moraes
Roberto Jefferson gravou vídeo no hospital com ataques ao ministro Alexandre de Moraes; ex-deputado está preso desde agosto
atualizado
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A PGR pediu nesta quarta-feira (12/1) que a PF colha depoimentos de 14 pessoas que estiveram com o ex-deputado Roberto Jefferson no Hospital Samaritano Barra em 13 e 14 de outubro, quando Jefferson gravou um vídeo atacando o ministro Alexandre Moraes, do STF. Essa investigação foi aberta em novembro, por ordem de Moraes e a pedido da PGR. Jefferson está preso desde agosto, suspeito de integrar uma milícia digital antidemocrática.
Em 16 de outubro, a coluna publicou um vídeo que Roberto Jefferson havia enviado a aliados dois dias antes, quando deixaria o hospital e voltaria ao presídio Bangu 8, no Rio de Janeiro. “Oro em desfavor do Xandão”, dizia o presidente do PTB, segurando uma Bíblia. “Sejam poucos os seus dias, e outro tome o seu ofício. Sejam órfãos os seus filhos e viúva sua mulher”, emendou, insinuando a morte de Moraes.
Moraes logo reagiu. O ministro cobrou explicações do governo fluminense e do hospital. Em depoimento na cadeia, Jefferson ratificou as ofensas e afirmou que havia lido uma “maldição sobre os ímpios e perversos” no vídeo. Depois, divulgou uma carta reforçando os ataques e citando a mulher do ministro, a advogada Viviane de Moraes. A defesa de Jefferson disse ao Supremo que desconhece como o vídeo foi gravado ou divulgado.
Braço direito de Augusto Aras, a subprocuradora Lindôra Araújo defendeu colher o depoimento de 14 pessoas que tiveram contato com Jefferson em 13 e 14 de outubro no hospital. São cinco visitantes, uma acompanhante, três enfermeiras, duas técnicas de enfermagem e três seguranças. A lista inclui advogados do presidente de honra do PTB. Esses dados foram enviados pelo hospital por determinação do Supremo.