PGR não vai federalizar investigação sobre assassinato de petista
Augusto Aras cita dois argumentos para não federalizar as investigações
atualizado
Compartilhar notícia
O procurador-geral da República, Augusto Aras, não vai federalizar as investigações envolvendo o assassinato do dirigente petista Marcelo Arruda, morto por um simpatizante do presidente Jair Bolsonaro no sábado (9/7), em Foz do Iguaçu (PR).
Aras avalia que faltam duas condições necessárias para federalizar a investigação: não há negligência do investigador atual nem uma questão de direitos humanos envolvida no caso.
A federalização foi pedida pelo PT. Marcelo Arruda era tesoureiro do partido e concorreu a vice-prefeito na eleição de 2020. Arruda morreu após ser alvejado por Jorge José da Rocha Guaranho, policial apoiador de Bolsonaro que invadiu a festa que tinha como tema o PT e a campanha de Lula.
Embora seja contra a federalização da investigação, Aras demonstrou preocupação com o que representa o crime ocorrido no último sábado. A aliados o PGR afirmou que é necessário os partidos políticos se conscientizarem da importância de campanhas de prevenção à violência nas eleições.
Aras é, também, o procurador-geral eleitoral. Há expectativa de que tão logo o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, volte de férias, ambos tracem uma nova linha de atuação, para além do que já é feito pelo MP Eleitoral, para conter avanço da violência política.
Investigações sobre outros assassinatos de grande repercussão, como o da vereadora Marielle Franco e o da missionária Dorothy Stang, também foram alvo de pedidos de federalização por parte da classe política. Ambos os casos, porém, não foram federalizados.