PGR: ministros do STF ainda podem estar sendo monitorados ilegalmente
PGR disse que ministros do STF ainda podem estar sendo monitorados ilegalmente por auxiliares de Jair Bolsonaro; Moraes era um dos alvos
atualizado
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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou ao STF que ministros do tribunal ainda podem estar sendo monitorados ilegalmente por auxiliares de Jair Bolsonaro. O documento baseou a operação da Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (8/2) contra Bolsonaro, ex-ministros, ex-assessores e militares.
A PGR afirmou que os bolsonaristas faziam “ações de vigilância e monitoramento em níveis avançados”, e que em 15 de dezembro de 2022 o coronel Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tinha o itinerário exato dos deslocamentos do ministro Alexandre de Moraes pelas duas semanas seguintes. Para a Procuradoria, havia “chances reais” de que capturassem Moraes.
O tenente-coronel Mauro Cid, outro auxiliar de Bolsonaro, e Marcelo Câmara chamavam Moraes de “professora” nas mensagens. “Onde a professora está”, questionou Cid em 24 de dezembro de 2022, véspera de Natal, ao que Câmara respondeu: “Está em São Paulo, volta dia 31 à noite para a posse [de Lula]”.
Ao concordar com a prisão preventiva de Marcelo Câmara, Paulo Gonet afirmou não haver “garantias de que o monitoramento do ministro Alexandre de Moraes tenha cessado, nem se descarta a possibilidade de que outras autoridades do Poder Judiciário estejam sendo monitoradas, pondo em risco a garantia da ordem pública e a própria segurança daquelas”.