PGR foi a favor de busca e apreensão na casa de ministro de Lula
Barroso, do STF, negou pedido de busca e apreensão, mas PGR era a favor
atualizado
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) deu um parecer favorável à busca e apreensão nos endereços de Juscelino Filho, ministro das Comunicações de Lula. A medida foi solicitada pela Polícia Federal (PF), mas negada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso.
Para a PGR, havia provas suficientes para embasar a operação. Como mostrou o repórter Aguirre Talento, a investigação detectou pagamentos de propina a uma empresa ligada ao ministro e encontrou diálogos de Juscelino orientando um empresário investigado pelos desvios na Codevasf.
Barroso, porém, não autorizou o cumprimento de busca e apreensão nos endereços de Juscelino Filho. Para o ministro, os indícios até o momento garantem apenas que Juscelino direcionou a emenda para pagar a obra em que as irregularidades foram constatadas.
Na PGR, o entendimento foi distinto. A procuradoria considerou que as provas eram suficientes para justificar a medida.
Barroso negou a busca e apreensão, mas decretou o bloqueio parcial de R$ 835 mil em bens do ministro e de outros investigados.
A Operação Benesse foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (1º/9) e tem como principal alvo a prefeita de Vitorino Freire (MA), Luanna Rezende, que é irmã do ministro das Comunicações. A ação visa desarticular organização criminosa estruturada para promover fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro, envolvendo verbas federais da Codevasf.