PGR e STF discordam sobre delegado indiciado no caso Marielle
O STF e a PGR discordaram sobre o depoimento de Giniton Lages, delegado indiciado no caso Marielle
atualizado
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A Procuradoria-Geral da República pediu, nesta quarta-feira (25/9), que o delegado Giniton Lage, alvo da Polícia Federal por supostamente ter atrapalhado as investigações do caso Marielle Franco, não deponha como testemunha. O Supremo Tribunal Federal negou o pedido.
Giniton foi arrolado por testemunha pelo delegado Rivaldo Barbosa e pelos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, presos preventivamente. Segundo a PF, Rivaldo foi o “autor intelectual” e os irmãos Brazão, os mandantes do assassinato de Marielle.
A PGR, representada pelo procurador Olavo Evangelista Pezzoti, argumentou que Giniton foi indiciado pela PF por obstruir as investigações, motivo porque não poderia depor como testemunha, da mesma forma que acontece com corréus.
O desembargador Airton Vieira, que está representando o ministro Alexandre de Moraes nas audiências, seguiu o entendimento da defesa dos réus, alegando que Giniton não é co-réu no caso. Vieira disse que não é porque o delegado é indiciado que ele será denunciado e virará réu. No entendimento dele, proibir o depoimento de Giniton seria “cercear” o direito de ampla defesa de Rivaldo, Chiquinho e Domingos Brazão.
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