PGR cita mensagem do “contragolpe” para provar convocação do 7/9 por Bolsonaro
Chamada do presidente para os atos do dia 7 de setembro foi enviada em lista de transmissão no WhatsApp
atualizado
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) se baseou na mensagem em que Jair Bolsonaro pregou a necessidade de um “contragolpe” para mostrar seu protagonismo na convocação dos atos golpistas do 7 de setembro, no âmbito do inquérito que investiga a organização de atos antidemocráticos.
A mensagem, que foi revelada pela coluna, foi enviada pelo presidente para uma lista de transmissão no WhatsApp na tarde do dia 14 de agosto. Diferentes integrantes do governo e amigos de Bolsonaro receberam a mensagem.
Bolsonaro fazia uma convocação no texto para que apoiadores se manifestassem no dia 7 de setembro com o objetivo de mostrar que ele e as Forças Armadas tinham o apoio para uma ruptura institucional. Segundo a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, responsável pelo caso, a convocação para os ataques às instituições democráticas teve início quando Bolsonaro defendeu a organização do “contragolpe”.
Lindôra, no entanto, afirma erroneamente que a fala de Bolsonaro se deu em uma “entrevista”. A manifestação feita pela subprocuradora no inquérito que corre no STF foi revelada pelos jornalistas Aguirre Talento e Mariana Muniz. O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes.