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PF prende espalhadores de fake news de prefeituras de bolsonaristas

quadrilha de espalhadores de fake news atua desde 2016 para influenciar em eleições municipais; maioria das prefeituras é bolsonarista

atualizado

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Polícia Federal faz operação contra fake news no Rio de Janeiro
1 de 1 Polícia Federal faz operação contra fake news no Rio de Janeiro - Foto: Reprodução

A Polícia Federal no Rio de Janeiro fez uma operação na manhã desta quinta-feira (12/9), em que prendeu quatro pessoas suspeitas de serem líderes de uma organização criminosa especializada em produzir e espalhar fake news. Os nomes dos presos não foram divulgados, mas de acordo com a PF, eles são residentes da cidade de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, e atuam desde 2016 em pelo menos 13 municípios do estado — a maioria controlada por bolsonaristas. O intuito seria sempre influenciar eleições municipais.

Segundo as investigações, a quadrilha tinha coordenadores responsáveis por contratar pessoas que passavam a transitar em espaços de grande circulação como pontos de ônibus, filas de banco, padarias, bares e mercados, com o intuito de disseminar informações falsas, para beneficiar o candidato que contratou a quadrilha.

Os municípios que a quadrilha atuou foram Araruama; Belford Roxo; Cabo Frio; Carapebus; Guapimirim; Itaguaí; Itatiaia; Mangaratiba; Miguel Pereira; Paracambi; Paraty; Saquarema e São João de Meriti.

Cada contratado recebia a quantia de R$ 2 mil ao mês. Já os coordenadores ganhavam R$ 5 mil. Os envolvidos eram contratados em cargos de comissão nas prefeituras. No ano eleitoral, eles eram exonerados e substituídos por laranjas.

A quadrilha também possuía um processo de aferição com relatórios diários. Esses documentos continham informações como a quantidade de eleitores abordados por dia, número de votantes em cada candidato e o total de eleitores convertidos para o candidato beneficiário do esquema.

Além dos quatro mandados de prisão, a PF cumpriu outros 15 de busca e apreensão, todos autorizados pelo juízo da 8ª Zona Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro. Cada preso teve R$ 1 milhão em bens bloqueados, também por determinação da Justiça.

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