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PF pede mais tempo para inquérito aberto há 7 anos e quer ouvir Paes

Delegada da PF apresentou relatório parcial da investigação ao ministro André Mendonça, que havia determinado que inquérito fosse concluído

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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes
1 de 1 O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes - Foto: Divulgação/Facebook

A Polícia Federal (PF) apresentou ao ministro André Mendonça, do STF, nessa sexta-feira (17/5) um relatório parcial de um inquérito aberto há sete anos para investigar o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, com base em delações da Odebrecht.

Mendonça havia determinado à PF em março, ao conceder mais dois meses para as investigações, que o inquérito fosse finalizado ao fim desse prazo.

No relatório enviado ao ministro nessa sexta, contudo, a delegada da PF Lorena Lima Nascimento afirmou que as investigações não avançaram no sentido de comprovar as versões de delatores da Odebrecht sobre a entrega de R$ 300 mil à campanha do deputado Pedro Paulo nas eleições de 2014, supostamente feita a pedido de Eduardo Paes.

O dinheiro teria sido destinado à campanha por meio do departamento da Odebrecht encarregado de fazer pagamentos ilícitos a políticos e autoridades. Segundo delatores, Paes era identificado nos sistemas da empreiteira com o codinome “Nervosinho”.

A delegada citou no relatório que a apuração não obteve elementos de corroboração além dos apontados nos acordos de delação, sobretudo registros de transferências de valores no sistema Drousys. O material, assim como o sistema MyWebDayB, também usado pela Odebrecht para gerir os pagamentos ilegais, no entanto, já foi declarado imprestável como prova pelo ministro Dias Toffoli, do STF.

“Diante disso, conclui-se, ainda que parcialmente, não existirem, até o presente momento, elementos suficientes a confirmar ou infirmar a hipótese criminal objeto da presente investigação”, disse o relatório a André Mendonça.

Embora o inquérito tenha sido aberto em abril de 2017, há mais sete anos, a delegada da PF afirmou ao ministro que diversos recursos apresentados pela defesa de Paes e Pedro Paulo fizeram com que a investigação só tivesse tramitado junto à polícia em três oportunidades, em março de 2018, outubro de 2020 e março de 2024, por 60 dias cada.

Entre as diligências que a PF afirmou estarem pendentes, estão as oitivas de Eduardo Paes e Pedro Paulo, além do recebimento de informações sobre materiais apreendidos e registros de entradas e saídas de um escritório da Odebrecht na Barra da Tijuca em 2014.

“Diante do exposto, uma vez expirado o prazo de permanência do inquérito nesta esfera policial, solicita-se a dilação de prazo a Vossa Excelência com vistas à continuidade das investigações, em especial, para a realização das diligências acima descritas, bem como a tomada de declarações dos envolvidos, dentre outras diligências que, porventura, surgirem ao longo das investigações”, solicitou a delegada da PF.

 

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