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PF investiga se suspeitos de matar Bruno e Dom cometeram mais crimes

No mês passado, três suspeitos pelos assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips se tornaram réus

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Policiais federais carregam o caixão com os restos mortais do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, encontrados ontem na Amazônia
1 de 1 Policiais federais carregam o caixão com os restos mortais do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, encontrados ontem na Amazônia - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A Polícia Federal investiga se três réus pelos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips também cometeram outros crimes, como invasão de terra indígena e pesca ilegal.

No último dia 22, a Justiça Federal em Tabatinga (AM) aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”; Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Dantos”; e Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”. O MPF defende que o trio, atualmente preso, seja julgado pelos crimes de duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Agora, a PF se debruça sobre outros crimes que os homens podem ter cometido. Duas hipóteses são o crime de invasão de terra indígena e pesca ilegal. No Vale do Javari, onde Bruno e Dom foram mortos, a pesca só é permitida para alimentação dos pescadores e familiares.

Segundo o MPF, a pesca ilegal na região tem relação direta com a morte de Bruno e Dom. Os investigadores apontaram como motivo dos assassinatos o fato de o indigenista ter pedido que o jornalista fotografasse o barco dos homens, que eram suspeitos de pesca ilegal em território indígena.

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Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados
No dia seguinte, a Univaja emitiu comunicado informando, oficialmente, o sumiço dos homens. Em seguida, equipes da Marinha, Polícia Federal, Ministério Público Federal e do Exército foram mobilizadas e deram início a uma operação de busca
Em 8 de maio, a força-tarefa efetuou a prisão do primeiro suspeito pelo desaparecimento: Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado. Vestígios de sangue foram encontrados na lancha de Amarildo após perícia da Polícia Federal 
Em 12 de junho, uma semana depois, mochilas com os pertences pessoais de Dom e Bruno foram encontradas. Não muito tempo depois, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”, irmão de Pelado, foi preso sob suspeita de envolvimento no crime
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Em 5 de junho de 2022, o jornalista Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira viajavam juntos para que Dom realizasse entrevistas para o livro que escrevia sobre a preservação da Amazônia

Photo by Victoria Jones/PA Images via Getty Images
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Arquivo pessoal
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Contudo, nesse percurso, os dois desapareceram. As equipes de vigilância indígena da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) fizeram as primeiras buscas, sem resultados

Divulgação
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No dia seguinte, a Univaja emitiu comunicado informando, oficialmente, o sumiço dos homens. Em seguida, equipes da Marinha, Polícia Federal, Ministério Público Federal e do Exército foram mobilizadas e deram início a uma operação de busca

Reprodução/Redes sociais
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Em 8 de maio, a força-tarefa efetuou a prisão do primeiro suspeito pelo desaparecimento: Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado. Vestígios de sangue foram encontrados na lancha de Amarildo após perícia da Polícia Federal 

Arquivo pessoal
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Em 12 de junho, uma semana depois, mochilas com os pertences pessoais de Dom e Bruno foram encontradas. Não muito tempo depois, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”, irmão de Pelado, foi preso sob suspeita de envolvimento no crime

Reprodução/Redes sociais
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Mulheres realizam manifestação após morte de Bruno e Dom na Amazônia

Photo by Victoria Jones/PA Images via Getty Images
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Bruno e Dom foram interceptados em rio e executados

Material cedido ao Metrópoles
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Os suspeitos, então, teriam retirado os pertences pessoais das vítimas do barco em que estavam e o afundaram. Em seguida, queimaram os corpos de Dom e Bruno

Redes sociais/reprodução
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A tentativa de ocultação, porém, não teria dado certo. Jeferson e Amarildo retornaram no dia seguinte, esquartejaram os corpos e os enterraram em um buraco escavado. A distância entre o local em que os pertences foram escondidos e onde os corpos foram enterrados é de 3,1 km

Divulgação/Polícia Federal
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Depois de fazer uma reconstituição do caso junto a Amarildo, a força-tarefa anuncia ter encontrado “remanescentes humanos” que, mais tarde, se confirmariam como os corpos de Dom e Bruno

Reprodução/Redes sociais
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Em 16 de junho, os corpos de Dom e Bruno chegaram a Brasília para realização de perícia e confirmação de identidade

Igo Estrela/Metrópoles
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Em 19 de junho, a polícia informou ter identificado outros cinco suspeitos que teriam atuado na ocultação dos cadáveres. Segundo a PF, “os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito”

Reprodução/Twitter/@andersongtorres
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Exame médico-legal indicou que morte de Dom Phillips foi causada por disparo de arma de fogo

Photo by Victoria Jones/PA Images via Getty Images
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A morte de Bruno Pereira foi causada, segundo os peritos, por traumatismo toracoabdominal e craniano por disparos de arma de fogo com munição típica de caça, “que ocasionaram lesões no tórax/abdômen (2 tiros) e face/crânio (1 tiro)”

Funai/Divulgação
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Bruno era considerado um dos indigenistas mais experientes da Funai. Ele dedicou a carreira à proteção dos povos indígenas. Nascido no Recife, tinha 41 anos. Ele deixa esposa e três filhos

Reprodução
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Dom Phillips, 57 anos, era colaborador do jornal britânico The Guardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007 e morava em Salvador, com a esposa

Twitter/Reprodução

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