PF investiga inclusão de vacina falsa no ConecteSUS por golpista
Em sete minutos, golpista incluiu falsa vacina da Covid no sistema do Ministério da Saúde; pasta enviou documentos à Polícia Federal
atualizado
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A Polícia Federal (PF) abriu apuração sobre uma inclusão falsa de vacina da Covid no sistema do Ministério da Saúde por um golpista. No mês passado, a coluna mostrou que o golpista levou apenas sete minutos para adicionar um imunizante com data retroativa no aplicativo ConecteSUS.
A apuração foi aberta na última semana e tramita na superintendência do Distrito Federal da PF. Além de um boletim de ocorrência registrado pela coluna antes da publicação da reportagem, os investigadores se baseiam em documentos enviados pelo Ministério da Saúde para descobrir a identidade do golpista, que usava um perfil anônimo no Telegram e cobrava R$ 300 por dose de vacina.
“Você escolhe a quantidade de doses, escolhe o veneno entre Pfizer ou Coronavac ou AstraZeneca. Assim que eu lançar no sistema do SUS, falo para você checar. Lanço com data retroativa e respeitando o espaçamento entre as doses. O pagamento só é feito após você conferir no seu ConecteSUS as doses e o certificado de vacinação! Não precisa enviar nenhum documento, somente seu CPF ou CNS [Cartão Nacional de Saúde]! Vamos descartar vacinas reais, é como se você realmente tivesse tomado veneno!”, dizia o golpista.
Essa pessoa cobrava R$ 300 para incluir uma vacina da Covid falsa no sistema do Ministério da Saúde. O valor não foi pago pela coluna. Depois de ser informado pela reportagem, o Itaú Unibanco fechou a conta bancária usada pelo golpista.