PF diz que Gayer comprou ONG para desviar emendas
Deputado Gayer foi alvo de uma operação da Polícia Federal sob suspeita de ter desviado recursos de seu gabinete
atualizado
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O deputado federal Gustavo Gayer, alvo de uma operação da Polícia Federal nesta sexta-feira (25/10), comprou uma associação para poder desviar emendas parlamentares. A informação consta no relatório da PF, enviado à Procuradoria-Geral da República e ao ministro Alexandre de Moraes.
A investigação aponta que Gayer pagou R$ 6 mil (dois pix de R$ 3 mil) para que o empresário João Paulo de Sousa Cavalcante e a assistente social Joselene Maria Sérgia Borges comprassem a Ascompeco, uma associação já desativada.
O objetivo era transformá-la em uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), e fazer alterações no estatuto para que emendas parlamentares fossem destinadas à entidade e o dinheiro repartido entre os envolvidos.
Essa Oscip teria o tempo mínimo exigido por lei para receber dinheiro público.
Em áudio obtido no celular de Cavalcante, a PF conseguiu uma confissão de Joselene:
“As coisas que a gente tá investindo, o dinheiro, o recurso, a gente pode tirar tudo depois nas emendas, né? Em forma de serviço prestado. Então assim, ceis (sic) vão tá investindo em mim até receber uma emenda e a emenda depois começa a me pagar, entendeu?”
A operação desta sexta-feira é um desdobramento da investigação dos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro. Cavalcante foi preso na ocasião e seu celular apreendido. O esquema envolvendo Gayer e o desvio de recursos foi descoberto a partir daí.
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