PF abre processo interno contra Anderson Torres por apreensão de aves
Polícia Federal (PF) apura “repercussão negativa” por apreensão de aves na casa de ex-ministro da Justiça Anderson Torres
atualizado
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A Polícia Federal (PF) abriu um processo administrativo disciplinar contra o ex-ministro da Justiça e delegado Anderson Torres para apurar se a apreensão de 55 aves de Torres gerou repercussão negativa para a imagem da corporação. A investigação interna foi aberta no mês passado.
Segundo a PF, há suspeitas de que a operação ambiental contra Torres, servidor de carreira do órgão, tenha gerado “possível exposição negativa da imagem da PF”. A corporação se baseou em um trecho da lei dos policiais federais, de 1968, que define transgressão disciplinar como um ato que gere “escândalo” ou que contribua para “comprometer a função policial”.
A Coordenação-Geral de Comunicação Social da PF recebeu um pedido da Corregedoria para fazer um levantamento de reportagens sobre a apreensão na casa de Torres que causaram repercussão negativa para a corporação.
A operação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreendeu 55 pássaros na casa do ex-ministro em abril do ano passado. Nessa época, o ex-ministro estava preso sob suspeita de atuar nos atos golpistas de 8 de janeiro. Ao menos 16 das 55 aves de Torres morreram sob a guarda do Ibama. Além das mortes dos animais, Torres pediu que a Polícia Federal investigue o sumiço de sua ave mais cara.
Em outro processo administrativo disciplinar, a PF tenta recuperar os R$ 87 mil que Torres recebeu de salário nos meses em que ficou preso. O caso foi parar na Justiça.