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Pedido de extradição do extremista Allan dos Santos faz aniversário

Faz um ano que o Itamaraty recebeu do MJ pedido “urgentíssimo” para extraditar extremista Allan dos Santos, foragido nos EUA

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Allan dos Santos, ativista bolsonarista, tira foto ao lado de armas em seu sofá. Atrás, na parede, uma foto do presidente Bolsonaro - Metrópoles
1 de 1 Allan dos Santos, ativista bolsonarista, tira foto ao lado de armas em seu sofá. Atrás, na parede, uma foto do presidente Bolsonaro - Metrópoles - Foto: Reprodução/Instagram

Faz um ano que o Itamaraty recebeu do Ministério da Justiça o pedido “urgentíssimo” para extraditar o extremista Allan dos Santos, que segue foragido nos Estados Unidos. O STF decretou a prisão do bolsonarista em outubro de 2021.

O documento chegou ao Ministério das Relações Exteriores em 18 de outubro de 2021, 13 dias após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, decretar a prisão preventiva e a extradição do bolsonarista.

A comunicação foi assinada pelo coordenador de Extradição e Transferência de Pessoas Condenadas do Ministério da Justiça, Rodrigo Antônio Gonzaga Sagastume, e destinada ao chefe da Divisão de Cooperação Jurídica Internacional do Itamaraty, Eduardo Lessa.

“Solicito a gentileza de promover os atos necessários para formalização do referido pedido junto ao governo dos EUA, com a urgência que o caso requer”, escreveu a autoridade do Ministério da Justiça.

Procurado, o Ministério da Justiça respondeu que não comenta casos em andamento. O Itamaraty disse que a responsabilidade do caso é do Ministério da Justiça.

Enquanto o governo Bolsonaro atua para retardar a extradição do aliado, o STF segue impondo derrotas ao extremista. No mês passado, o ministro Nunes Marques manteve o bloqueio bancário de Allan dos Santos.

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Allan é o criador do site Terça Livre e tornou-se conhecido por disseminar fake news. Antes de ter as redes sociais retiradas do ar, recebia dinheiro de financiamento coletivo bolsonarista e era seguidor fervoroso de Olavo de Carvalho
O youtuber se tornou alvo da Polícia Federal após a abertura do inquérito das fake news em 2019, cujo relator é o ministro Alexandre de Moraes. O pedido, apresentado pela Procuradoria Geral da República, foi solicitado após uma manifestação bolsonarista que exigia o fechamento do STF, do Congresso e a restituição do AI-5 no país
Investigado por disseminação de notícias falsas na internet e atos contra a democracia, Allan teve prisão preventiva decretada em outubro de 2021, mas fugiu para os Estados Unidos, com visto de turista vencido
Mensagens interceptadas pela Polícia Federal sugerem que Eduardo Bolsonaro, filho número 03 de Jair, teria ajudado o blogueiro a sair do Brasil
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Allan dos Santos, nascido em 1983, é blogueiro, influencer, youtuber e ativista da extrema-direita. Natural de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, é, atualmente, foragido da Justiça brasileira e mora nos Estados Unidos com a família

Hugo Barreto/Metrópoles
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Allan é o criador do site Terça Livre e tornou-se conhecido por disseminar fake news. Antes de ter as redes sociais retiradas do ar, recebia dinheiro de financiamento coletivo bolsonarista e era seguidor fervoroso de Olavo de Carvalho

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Hugo Barreto/Metrópoles
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O youtuber se tornou alvo da Polícia Federal após a abertura do inquérito das fake news em 2019, cujo relator é o ministro Alexandre de Moraes. O pedido, apresentado pela Procuradoria Geral da República, foi solicitado após uma manifestação bolsonarista que exigia o fechamento do STF, do Congresso e a restituição do AI-5 no país

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Investigado por disseminação de notícias falsas na internet e atos contra a democracia, Allan teve prisão preventiva decretada em outubro de 2021, mas fugiu para os Estados Unidos, com visto de turista vencido

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Mensagens interceptadas pela Polícia Federal sugerem que Eduardo Bolsonaro, filho número 03 de Jair, teria ajudado o blogueiro a sair do Brasil

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Desde que chegou aos EUA, já com contas bancárias bloqueadas e perfis em redes sociais suspensos pela Justiça brasileira, Allan dos Santos tem se dedicado a atacar as autoridades que determinaram medidas cautelares e um mandado de prisão contra ele

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O alcance dos ataques do bolsonarista só foi reduzido quando o Telegram, rede sem sede no Brasil, cumpriu outra decisão de Moraes e bloqueou o canal do extremista. A rede russa informou que o canal, que tinha 128 mil seguidores, “violou as leis locais”

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Com contas alternativas no Instagram, que ele divulgava no canal do Telegram, Santos burlava o bloqueio e insultava sobretudo o ministro Alexandre de Moraes. Além das ofensas, divulgou viagens, fotos posadas ao lado do presidente Bolsonaro e com fuzis

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Em seus canais alternativos, o militante criou mecanismos para receber doações em moeda estrangeira e até em Bitcoin, e chegou a dizer aos seguidores, em janeiro de 2022, que já não tinha dinheiro para pagar nem a própria defesa

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Após o pedido de prisão contra Allan, Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal acionasse a embaixada do Brasil nos EUA e incluísse o jornalista na lista da Difusão Vermelha da Interpol. A intenção é garantir que ele seja capturado e extraditado ao Brasil

Aline Massuca/Metrópoles
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Segundo o ministro, Santos é suspeito de cometer crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, calúnia, difamação, injúria, incitação ao crime de praticar, induzir ou incitar a discriminação ou o preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional

TSE
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Agora, a barreira que o STF encontra para levar a cabo a decisão de Morares é a própria lei dos EUA. Uma interpretação de que Allan dos Santos teria apenas, à luz da lei americana, dado sua opinião, e não feito uma ameaça, como suspeita Alexandre de Moraes, dificulta a movimentação do governo americano para prendê-lo

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Enquanto isso, o ativista bolsonarista continua atuando por lá, usando a internet para propagar conteúdo falso e violento e até participando de eventos com autoridades brasileiras

Roque de Sá/Agência Senado

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