PEC das polícias municipais une 52 nomes da esquerda a bolsonaristas
Em rara convergência com Eduardo Bolsonaro, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e outros da esquerda apoiaram projeto da bancada da bala
atualizado
Compartilhar notícia
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que lista as guardas municipais como órgãos de segurança pública e as transformam em polícias municipais obteve apoio de 31 deputados do PT, incluindo a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, e o líder do governo na Câmara, José Guimarães. Ao todo, 52 parlamentares de partidos de esquerda da base governista aderiram à PEC apresentada pela bancada da bala.
Entre os signatários estão 11 deputados do PDT, oito do PSB, um do PCdoB e um da Rede. Nomes como Duda Salabert, do PDT de Minas Gerais, e Túlio Gadêlha, da Rede de Pernambuco, endossaram o texto.
As assinaturas para protocolar a PEC mostram rara convergência entre líderes da esquerda e do bolsonarismo. Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli estão entre os signatários do projeto.
O texto, de autoria do deputado Jones Moura, do PSD do Rio de Janeiro, cita as iniciativas de Vila Velha e de Belo Horizonte em armar os guardas municipais como exemplos a serem seguidos. “Ver esses verdadeiros guerreiros combaterem o crime e a violência sem uma arma de fogo para se defender e para defender a vida de terceiros é inconcebível e incompreensível, estando nós em pleno Século XXI”, diz a proposta.
O governo Lula tem enfrentado desgastes para conter a crise de segurança pública que se agravou em grandes centros urbanos, como Salvador e Rio de Janeiro. Em julho, o presidente afirmou que era necessário “encontrar um jeito de dar um papel mais importante para as polícias municipais”.