PCC e incêndios: o veredicto do principal investigador da facção
Grande quantidade de incêndios simultâneos em São Paulo deixou várias cidades debaixo de uma pesada fumaça, que depois se espalhou pelo país
atualizado
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O promotor do Ministério Público de São Paulo Lincoln Gakiya, um dos maiores especialistas no país no combate ao Primeiro Comando da Capital (PCC), avaliou nesta quarta-feira (28/8) que não há ligações da facção com a onda de incêndios criminosos no estado. Segundo Gakiya, não faria sentido a facção tomar medidas que prejudicariam a própria população carcerária.
A grande quantidade de incêndios simultâneos em São Paulo deixou várias cidades debaixo de uma pesada fumaça, que depois se espalhou para outras regiões do país. Um dos presos pelos incêndios é Alessandro Arantes, que disse à Polícia Militar integrar a facção criminosa. O MP pediu a quebra de sigilo telefônico para avançar nas apurações.
A Penitenciária de Lucélia, no estado, também foi afetada pela fumaça e chegou perto de ser evacuada por emergência. Esse fato, na avaliação do promotor, enfraquece a tese de que os crimes teriam sido ordenados pelo PCC.
“Não faz nenhum sentido a facção praticar algo que prejudicaria a própria população”, afirmou Gakiya.
Até agora, seis pessoas já foram presas em São Paulo por suspeita de participação nos incêndios intencionais. Segundo a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, 99,9% dos focos de incêndio no interior de São Paulo foram causados por ação humana.
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