Pazuello mantém indicada no Ministério da Saúde no Rio; pasta se cala
Arquiteta recebe R$ 8 mil por mês em projeto sobre hospitais federais do Rio de Janeiro
atualizado
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Eduardo Pazuello saiu do Ministério da Saúde há seis meses, mas o Ministério da Saúde não saiu do raio de alcance de Pazuello. O ex-ministro e agora assessor do Planalto deixou pelo menos uma indicada sua em um cargo bancado pela pasta no Rio de Janeiro.
A arquiteta Larissa Denardin de Mesquita trabalha por meio de uma bolsa da Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos (Fepese), entidade privada sem fins lucrativos e que dá apoio à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Em julho de 2020, a Fepese fechou um contrato com a UFSC para executar um projeto de extensão e pós-graduação para aperfeiçoar instrumentos de controle e gestão de hospitais federais do Rio de Janeiro. O projeto é financiado pelo Ministério da Saúde.
Larissa entrou para o projeto em setembro do ano passado e, desde então, recebe salário de mais de R$ 8 mil.
Em seu perfil no LinkedIn, Larissa se define como “especialista em planejamento de negócios no Ministério da Saúde”.
Larissa também é sócia na empresa Yex — Arquitetura e Design, cuja atividade principal é fornecer serviços de arquitetura, e que recebeu R$ 5,9 mil do governo federal por serviços prestados ao Comando do Exército.
A coluna questionou Larissa Denardin, o Ministério da Saúde e a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, onde Eduardo Pazuello atualmente trabalha. Ao ser perguntada pela reportagem sobre qual era sua ligação com Pazuello, Larissa desligou. O ministério e o Planalto não responderam. O espaço está aberto para manifestações.
(Colaborou Bruna Lima)