Partidos investem pesado em candidatos que disputam espólio dos Brazão
Domingos e Chiquinho Brazão estão presos pela morte de Marielle Franco, mas mantêm representantes nas eleições no Rio de Janeiro
atualizado
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O Republicanos e o União Brasil investiram pesado nas campanhas dos candidatos que disputam o espólio eleitoral da família Brazão, no Rio de Janeiro. Os líderes do clã, Domingos e Chiquinho, estão presos sob a acusação de terem sido os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, em 2018.
O Republicanos repassou R$ 404.480 a Kaio Brazão Filho. Ele é enteado de Domingos e é o representante oficial da família.
O candidato, de 23 anos, teve a sua candidatura indeferida pela juíza Maria Galhardo, da 125ª Zona Eleitoral. A magistrada alegou que Kaio se aproveita do poder político e econômico da família. Ele recorre da decisão e, até o processo transitar em julgado, pode continuar a fazer campanha.
Waldir Brazão, que não é membro da família, mas adotou o sobrenome, é outro que disputa os votos do clã. Ele rompeu com a dupla, mas manteve o sobrenome. Do União Brasil, ele recebeu R$ 293.400.
Waldir já é vereador, elegeu-se em 2020 com as bênçãos dos Brazão que hoje estão presos. À época, ele era do Avante, mas deixou o partido no ano passado, por defender seus ex-padrinhos políticos.
Na ocasião, em dezembro, ao defender a dupla, acusou a viúva de Marielle Franco, a vereadora Mônica Benício, de usar a morte da sua ex-companheira como sua única pauta.
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