Partidos que mantêm sete ministros no governo Lula lançarão quatro candidatos a vereador com “Bolsonaro” no nome de urna. Pelo menos 38 candidatos concorrerão com o sobrenome “Bolsonaro” em todo o país, segundo dados da Justiça Eleitoral até a noite da segunda-feira (12/8).

Cerca de 60% dos “Bolsonaro” são filiados ao PL, legenda do ex-presidente, com 23 casos. Os outros 15 concorrem por dez partidos, entre os quais MDB, União Brasil e Republicanos, que integram a Esplanada dos Ministérios sob Lula. Jose Bolsonaro, por exemplo, é do MDB, correligionária dos ministros Renan Filho (Transportes), Jader Filho (Cidades) e Simone Tebet (Planejamento).

O União Brasil, sigla dos ministros Waldez Góes (Integração), Celso Sabino (Turismo), e Juscelino Filho (Comunicações), lançou Reinaldo Bolsonaro à Câmara Municipal de Bom Jesus (PI). Enquanto isso, o Republicanos, do ministro Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), tem entre seus candidatos Adevilson Bolsonaro, em Capixaba (AC), e Abigail Bolsonaro, em Lagoa da Confusão (TO).

Dos 38 “Bolsonaro”, 34 pegaram emprestado o sobrenome e não têm qualquer relação familiar com o ex-presidente. O filho Carlos Bolsonaro, que tenta se reeleger vereador no Rio de Janeiro, é o único com parentesco próximo. Marcelo Bolsonaro, em Itu (SP); Jose Bolsonaro, em Taiúva (SP); e Claudia Bolsonaro, em Barretos (SP), se dizem primos distantes.

A Justiça Eleitoral divulgará todas as candidaturas até a próxima sexta-feira (16/8), início oficial da campanha. A lista dos Bolsonaro aumentará nos próximos dias: Jair Renan, filho do ex-presidente, concorrerá como “Jair Bolsonaro” em Balneário Camboriú (SC), ao passo que o sobrinho Leonardo de Jesus, o Léo Índio, aparecerá na urna como “Léo Bolsonaro” em Cascavel (PR). Apesar da tentativa, Léo Bolsonaro apoia um rival do ex-presidente à prefeitura da cidade.