Partido de Alckmin critica política econômica apoiada pelo ex-tucano
PSB atacou medidas do governo Temer em carta de indicação de Geraldo Alckmin como vice de Lula ao Planalto
atualizado
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A carta que o PSB enviou ao PT nesta sexta-feira (8/4) para confirmar a indicação de Geraldo Alckmin como vice de Lula faz críticas à política econômica do governo de Michel Temer que, à época, foi apoiada pelo então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Alckmin defendeu as reformas trabalhista e previdenciária, mas fez um contraponto ao teto de gastos.
O documento, assinado pelo presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que a crise social do Brasil é “decorrente em grande medida da desorganização das políticas sociais de Estado, promovida pelo ultraliberalismo”.
A carta citou que o cenário “se instaurou com o governo Temer” e “se agravou no governo de Jair Bolsonaro”. Siqueira disse ainda que o período engloba iniciativas de “impor um termo ou limites ao regime democrático e ao Estado de Direito no Brasil”.
Em 2016, o PSB declarou voto favorável ao impeachment de Dilma Rousseff e compôs a base do governo de Michel Temer até o surgimento do caso JBS, em maio de 2017. Até o rompimento, o partido chefiou o Ministério de Minas e Energia.
Em julho de 2018, Alckmin, então pré-candidato do PSDB à Presidência, disse a empresários que não mudaria a reforma trabalhista, aprovada na gestão Temer. “Trabalhei muito por ela”, afirmou na ocasião.
O ex-tucano também defendeu a reforma previdenciária proposta por Michel Temer, que não recebeu o aval do Congresso. No fim de 2017, quando assumiu a presidência do PSDB, o tucano declarou: “Eu pessoalmente sou favorável, já fiz a reforma em 2011, em São Paulo. Minha posição pessoal é pelo fechamento de questão”, afirmou.
O fechamento de questão é a medida mais forte que uma sigla pode tomar a favor de um projeto no Congresso. Parlamentares que não seguirem a orientação partidária podem até ser expulsos.
Em relação ao teto de gastos, contudo, Alckmin era crítico. Disse o tucano em 2018, sobre a política implantada no governo Temer: “Esse negócio do teto não é razoável. Não foi concebido corretamente e não foi cumprido adequadamente porque você não pode esmagar o investimento e o custeio”.