Palmares ignora bolsonarista e retira placa “acervo da vergonha”
Ex-presidente da Palmares havia mandado criar “acervo da vergonha” com livros que considerava de esquerda; Camargo não se elegeu deputado
atualizado
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A Fundação Palmares retirou a placa “acervo da vergonha” de uma sala com livros considerados de esquerda por Sergio Camargo, ex-presidente da entidade. O bolsonarista, ignorado pelo órgão, não conseguiu se eleger deputado pelo partido de Jair Bolsonaro.
Camargo havia mandado colar o adesivo “acervo da vergonha” depois que a Justiça Federal proibiu, no começo deste ano, a fundação de doar livros que o bolsonarista julgava de esquerda. “À esquerda de quem entra”, ordenou Camargo, sobre a localização da sala.
Atualmente, a biblioteca da Palmares está fechada ao público e sendo reorganizada. No governo Lula, o órgão cuja missão é valorizar a cultura negra voltará a ser chefiado por uma liderança da causa. Enquanto esteve no cargo, Camargo foi alvo do Ministério Público Federal e do Ministério Público do Trabalho, inclusive pelo crime de racismo.