Paes cita provas anuladas da Odebrecht e pede fim de inquérito no STF
Prefeito do Rio, Eduardo Paes é alvo de investigação aberta há sete anos para apurar suposto pagamento ilícito da Odebrecht a campanha
atualizado
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Alvo de um inquérito aberto há sete anos no STF para apurar suposto pagamento ilícito da Odebrecht, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, reforçou nesta terça-feira (28/2) seus pedidos para que a investigação seja arquivada. Como mostrou a coluna, o caso, aberto em março de 2017, está parado há um ano no Supremo.
A apuração mira o suposto pagamento de R$ 300 mil em caixa dois à campanha do deputado federal Pedro Paulo, um dos principais aliados de Paes, em 2014. O repasse, segundo o ex-diretor da Odebrecht e delator Benedicto Júnior, foi intermediado pelo prefeito carioca, a quem a empreiteira deu o codinome de “Nervosinho” em seus sistemas de gerenciamento de pagamentos ilegais.
A defesa de Paes e de Pedro Paulo vinha alegando o tempo excessivo da apuração, sem chegar a conclusões, para pedir seu encerramento. Na manifestação desta terça, os advogados incluíram em seu pedido o argumento de que a as provas apresentadas pela Odebrecht em seu acordo de leniência foram anuladas pelo STF.
Direcionada ao ministro André Mendonça, relator do caso, a petição afirmou que duas ações na Justiça Eleitoral do Rio e uma na Justiça Federal, todas abertas a partir do inquérito do STF, foram arquivadas em razão da anulação das provas dos sistemas Drousys e MyWebDay B, usados no gerenciamento do “setor de propinas” da Odebrecht.
Assim, segundo os defensores, a investigação no Supremo deve ter o mesmo destino, porque “também se baseia em elementos indiciários advindos dos sistemas Drousys e My Web Day B, ‘inapelavelmente maculados pela eiva de nulidade’”, como decidiu o próprio STF.