Pacheco é pressionado a enviar medidas provisórias para a Câmara
Presidente da Câmara, Arthur Lira, se recusou a assinar ato conjunto para tramitação das medidas provisórias em comissões
atualizado
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, do PSD, está sendo pressionado por partidos do Centrão a enviar as medidas provisórias do governo Lula para começarem a serem analisadas pela Câmara dos Deputados.
Em 7 de fevereiro, o Senado assinou um ato para retomar as comissões mistas, em que deputados e senadores analisam conjuntamente as MPs. Como mostrou a coluna, Arthur Lira, presidente da Câmara, se recusou a endossar o ato conjunto. A Câmara não quer abrir mão do poder de barganha que tem sobre as MPs desde a pandemia.
Caso Pacheco aceite a pressão dos deputados federais para começar a analisar as MPs, cabe a ele enviar as medidas para começarem a tramitar na Câmara. Já há disputa entre os líderes pela relatoria das medidas provisórias de Lula, além de diversas sugestões de alterações.
Deputados apelaram até a Gilberto Kassab, presidente do PSD, para que ele converse com Pacheco e resolva o impasse. O partido é um dos maiores interessados na recriação da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), extinta pelo governo Lula através de uma MP.
Deputados querem também analisar a medida provisória que trata sobre desoneração de combustíveis. Em 28 de fevereiro, acaba a desoneração que deu alívio à tributação de etanol e gasolina no início do governo Lula.
Outra MP que deve sofrer alterações é a que determinou a composição dos ministérios de Lula. A bancada ruralista propôs a extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em uma das emendas.
Uma medida provisória é um ato legislativo com força de lei enviado pelo governo federal, mas que deve ser aprovada pelo Congresso Nacional em até 120 dias para ser convertida em legislação de forma permanente.