Pablo Marçal é cobrado na Justiça e recua de desafio de US$ 1 milhão
Pablo Marçal prometeu US$ 1 milhão a quem encontrasse processos movidos por ele; confrontado na Justiça, alegou “entretenimento”
atualizado
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O ex-coach Pablo Marçal, candidato à Prefeitura de São Paulo, recuou de uma promessa de pagar US$ 1 milhão a quem encontrasse algum processo judicial movido por ele. Cobrado na Justiça por diversas pessoas, Marçal alegou que fez a promessa em contexto “de entretenimento”.
“A declaração […] não foi dirigida a uma pessoa determinada, mas sim ao grupo genérico de humoristas em um contexto evidentemente informal e de entretenimento”, afirmou Marçal no mês passado ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). O ex-coach chamou a cobrança milionária feita a ele de “verdadeira aventura jurídica” e tentou, sem sucesso, impor segredo de Justiça ao caso para evitar “perda de confiança do público”.
Em 6 de março de 2024, disse Marçal em entrevista à rádio Jovem Pan: “Seguinte: acha aí o meu CPF e vê se eu processei alguém por conta de qualquer coisa. Eu sou formado em direito. Ache um processo que eu dou um milhão de dólares. […] Não tem como, sou eu que governo essa bodega: não aceito processar. […] A gente prospera tanto que não precisa ficar olhando para o lado, para gente otária”.
Desde então, ao menos 19 pessoas encontraram processos movidos por Marçal e acionaram o TJSP para cobrar que Marçal cumpra o prometido. Um deles foi o advogado Francisco Luciano da Silva Sales, em 10 de maio. “Marçal lançou um desafio/proposta com promessa de pagamento e bem taxativo para todo o Brasil, durante um programa ao vivo, e se orgulhando de ser formado em direito, e de sua inteligência, ou seja, conhecedor das leis”, escreveu o advogado, que também pediu o bloqueio das contas de Marçal para garantir o pagamento.
Em julho, as defesas de Marçal e Sales fizeram uma reunião de conciliação, mas não chegaram a um acordo. O processo segue tramitando.
Procurado, Pablo Marçal afirmou que está sendo processado por “indivíduos com intenções maliciosas” que tentam “enriquecimento ilícito ao distorcerem os fatos”.