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Os “politicamente expostos” da Vale em meio à sucessão de CEO

Cinco membros do conselho da Vale se declararam “pessoas politicamente expostas”, conforme documentação à CVM

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1 de 1 Vale - Foto: Reprodução

Embora se trate de uma de uma empresa privada, o processo de sucessão do CEO da Vale desperta, naturalmente, intenso interesse no meio político e no governo federal, que se movimenta nos bastidores por suas preferências.

Conduzida no conselho de administração da mineradora, a definição sobre a cadeira atualmente ocupada por Eduardo Bartolomeo inclui cinco “eleitores” no conselho autodeclarados “pessoas politicamente expostas”, conforme as mais recentes informações prestadas pela Vale à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), “xerife” do mercado brasileiro.

As declarações, que obedecem à regulação da CVM, tratam de cargos políticos, públicos e postos em conselhos de estatais, entre outros, ocupados anteriormente. Segundo a resolução do órgão que trata do assunto, em vigor desde 2021, a condição de “pessoa politicamente exposta” dura até cinco anos após a saída do cargo público.

O conselho da Vale tem 13 cadeiras, das quais uma ficou vaga nessa segunda (11/3), com a renúncia de José Luciano Duarte Penido.

O presidente e o vice do conselho da Vale estão na lista dos “politicamente expostos”. Daniel André Stieler, o presidente, declarou a condição por ter sido diretor de Controladoria do Banco do Brasil, entre julho de 2019 e janeiro de 2021.

Já Marcelo Gasparino da Silva, o vice, integrou conselhos de Petrobras, Eletrobras, Cemig e Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) entre 2016 e 2021.

Ligada ao fundo BlackRock, um dos principais acionistas da Vale, a conselheira Rachel Maia se disse politicamente exposta em razão de ter ocupado uma cadeira no conselho de Administração do Banco do Brasil, entre maio de 2021 e abril de 2023.

Entre os conselheiros da Vale, dois se enquadraram na condição por terem ocupados cargos eletivos: Paulo Hartung, governador do Espírito Santo entre janeiro de 2015 e dezembro de 2018 – ou seja, há mais de cinco anos; e André Viana Madeira, representante dos funcionários no conselho, que foi vereador de Itabira (MG) de 2017 a 2020.

Na reunião mais recente do conselho de administração, na última sexta (8/3), ficou definido que o atual CEO, Eduardo Bartolomeo, vai seguir no cargo até dezembro. Até lá, um sucessor para o executivo será buscado no mercado.

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metropoles.comGuilherme Amado

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