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Os pagamentos do MDB ao marqueteiro de Ricardo Nunes

Ao justificar serviços ao MDB paulista, Duda Lima, marqueteiro de Ricardo Nunes, cita prefeito como ativo estratégico ao partido no estado

atualizado

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Edson Lopes Jr./Prefeitura de São Paulo
Imagem colorida mostra o prefeito Ricardo Nunes falando ao microfone, sorrindo. Ele é um homem branco, de cabelo e barbas pretos
1 de 1 Imagem colorida mostra o prefeito Ricardo Nunes falando ao microfone, sorrindo. Ele é um homem branco, de cabelo e barbas pretos - Foto: Edson Lopes Jr./Prefeitura de São Paulo

O MDB do estado de São Paulo informou à Justiça Eleitoral ter pagado R$ 300 mil ao marqueteiro de Ricardo Nunes, Duda Lima, por serviços de “planejamento estratégico de comunicação” e “integração das ações de comunicação” prestados ao partido em 2023, antes do período eleitoral de 2024.

Segundo as informações prestadas pela sigla ao TSE neste ano, Lima assinou contrato em junho de 2023 para trabalhar pelo MDB paulista.

Relatórios mensais apresentados para justificar os pagamentos do partido à Quilômetro 20 Integração e Estratégia Criativa, empresa do marqueteiro, citam Nunes e sua gestão na capital como pontos estratégicos à comunicação e ao posicionamento político do MDB no estado.

“Ao consolidar a presença do MDB na metrópole paulistana, o prefeito de São Paulo acaba por influenciar a estratégia e o alinhamento do partido em todo o território estadual”, diz a consultoria do marqueteiro.

Um dos relatórios sobre os serviços da empresa citou ter havido “intervenção e atuação intensa” da consultoria em meio a duas crises que Nunes enfrentou em novembro de 2023: os apagões decorrentes de uma forte tempestade e a greve que envolveu metrô e trens. O propósito seria evitar “consequências negativas” no partido.

“Com o propósito de enfrentar e mitigar as consequências negativas dessas crises no posicionamento político do MDB no estado de São Paulo, foi necessário realizar uma intervenção e atuação intensa da Consultoria com a comunicação estratégica do partido”, disse o documento da Quilômetro 20.

O relatório apresentou como resultados da estratégia de comunicação de Nunes reportagens que registraram declarações do prefeito nas quais ele pediu o cancelamento do contrato com a Enel, concessionária de energia da capital; classificou a greve como “ato criminoso”; e culpou seu principal adversário, Guilherme Boulos, do PSol, pela mobilização grevista.

À Justiça Eleitoral, o MDB paulista apresentou comprovantes de duas transferências de R$ 150 mil à empresa de Duda Lima, feitas no começo de 2024. Uma nota fiscal referente a outubro de 2023 foi paga em 16 de janeiro e uma outra, referente a novembro, foi liquidada em 20 de fevereiro.

 

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metropoles.comGuilherme Amado

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