O União Brasil está investindo alto para eleger os dois candidatos a vereador em São Paulo ungidos como sucessores de Milton Leite, presidente da Câmara Municipal paulistana, principal nome do partido no estado e um dos homens mais poderosos — se não o mais — da capital paulista.

Após enfileirar sete mandatos na Câmara e não se candidatar à reeleição neste ano, Leite escolheu como sucessores de seu espólio eleitoral Silvio Antonio Azevedo, o Silvão Leite, chefe de seu gabinete; e Silvio Ricardo Pereira dos Santos, o Silvinho.

O União Brasil estadual, cujo tesoureiro é exatamente Milton Leite, colocou quase R$ 7 milhões do fundo eleitoral nas campanhas dos dois Silvios. Cada um recebeu R$ 3,4 milhões do fundão, valor que corresponde a 72% do limite de gastos para candidatos a vereador em São Paulo, de R$ 4,7 milhões.

Além do dinheiro da direção estadual do União Brasil, os dois candidatos apoiados por Milton Leite receberam R$ 100 mil do diretório municipal. A origem do dinheiro repassado a eles é o bilionário Rubens Ometto, dono da Cosan.

Só uma candidata a vereadora superou Silvão e Silvinho em arrecadação de fundos partidários no União Brasil paulista: Pastora Sandra Alves, candidata à reeleição em São Paulo, recebeu R$ 3,8 milhões do fundo especial para campanhas.

Além dos interesses políticos, as altas cifras aportadas pelo União Brasil nas candidaturas de Silvão Leite, Silvinho e Pastora Sandra Alves ajudarão o partido a atender à regra que determina a destinação de ao menos 30% dos recursos do fundo eleitoral a candidaturas de pretos e pardos. Silvinho e Sandra são pretos e Silvão é pardo.

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