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Os manos: vereador ligado a facção no RS promete retorno à política

O vereador Fernandinho Lourenço, de Novo Hamburgo (RS), foi condenado por lavar dinheiro da maior facção do estado, Os manos

atualizado

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fernandinho lourenço novo hamburgo
1 de 1 fernandinho lourenço novo hamburgo - Foto: Reprodução

O vereador de Novo Hamburgo (RS) Emerson Fernando Lourenço, conhecido como Fernandinho Lourenço, não conseguiu ser reeleito e prometeu retornar “ainda maior” para a política em 2028. Fernandinho foi condenado por lavar dinheiro para a maior facção do Rio Grande do Sul, “Os manos”.

Eleito pela primeira vez em 2016, Fernandinho chegou ao cargo de presidente da Câmara dos Vereadores de Novo Hamburgo sete anos depois, em 2023, mesmo ano em que foi condenado por 16 anos pelo crime de lavagem de dinheiro e associação criminosa com Os manos. A história foi contada pelo repórter Rafael Soares.

Fernandinho responde à condenação em liberdade e tentou a reeleição pelo Solidariedade neste ano. A condenação não foi o primeiro revés do vereador na Justiça. Em seu primeiro ano de mandato, em 2017, ele foi preso em flagrante após a polícia encontrar em sua casa um revólver escondido num compartimento secreto sob o colchão. Em 2004 e 2006, ele havia sido preso também por portar armas ilegalmente.

A investigação que levou Lourenço à cadeia, em 2017, revelou ligações do político com Juliano Biron da Silva, um dos chefes dos Manos. Silva apareceu nas manchetes gaúchas em 2015, quando espancou e matou a tiros o fotógrafo José Gustavo Gargioni. O fotógrafo havia marcado um encontro com a namorada do traficante. A partir da quebra do sigilo bancário do criminoso, vieram à tona transações entre ele e Fernandinho.

O MP Eleitoral chegou a pedir a cassação do vereador por uso de dinheiro ilícito na campanha de 2020 devido à participação de integrantes da cúpula dos Manos em uma carreata do político. Em 2023, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul absolveu Fernandinho e ele manteve o mandato.

Na eleição deste ano, Fernandinho teve a candidatura impugnada pelo TRE gaúcho devido à condenação que o levou à prisão em 2017, mas ele recorreu da decisão e teve seu nome nas urnas. Ao não ser eleito, o vereador disse em seu Instagram que foi “alvo de perseguição”.

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metropoles.comGuilherme Amado

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