Partido do bolsonarismo, o PL tem sido a principal fonte de dinheiro das campanhas de ex-membros do governo Jair Bolsonaro que disputam as eleições municipais de 2024.

A sigla já distribuiu R$ 37,4 milhões aos cofres eleitorais do ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga, do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, do ex-chefe da Abin Alexandre Ramagem e o ex-diretor de Itaipu e ex-presidente da Petrobras Joaquim Silva e Luna.

Candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, Ramagem foi o que mais recebeu recursos do fundo eleitoral do PL entre os egressos da gestão Bolsonaro: R$ 26 milhões, equivalentes a 88% do limite de gastos da campanha ao cargo, que é de R$ 29,3 milhões. Desse montante, R$ 19,4 milhões vieram por meio da vice de Ramagem, Índia Armeulau, em uma estratégia do PL para cumprir os 30% de repasses do fundo a candidaturas femininas.

Proporcionalmente, foi Queiroga quem teve o caixa de campanha mais forrado pelo PL. A sigla enviou ao ex-chefe da Saúde, candidato a prefeito de João Pessoa, R$ 3,645 milhões do fundo, montante que praticamente permite a ele fazer campanha somente com esses recursos. Os candidatos à Prefeitura da capital paraibana podem gastar até R$ 3,647 milhões.

Concorrendo à Prefeitura de Recife, Gilson Machado levou R$ 6 milhões do partido, valor correspondente a 61,3% do limite de gastos de R$ 9,7 milhões. O dinheiro pingou no caixa do “sanfoneiro” por meio da vice dele, Leninha Dias.

Já Silva e Luna, postulante a prefeito de Foz do Iguaçu (PR), recebeu R$ 1,8 milhão do PL. Na cidade paranaense, o máximo de despesas eleitorais é de R$ 2,3 milhões.

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