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Os dois ex-secretários do RJ que estão na mira da Polícia Federal

Dois ex-secretários do governador Cláudio Castro são investigados pela Polícia Federal por ameaçar testemunhas do caso Ceperj

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1 de 1 ***palacio-guanabara-eleiçoes-2022 - Foto: Reprodução

Dois ex-secretários do governo do Rio de Janeiro, Patrick Weber e Gelby Justo, estão na mira da Polícia Federal por suspeita de terem ameaçado testemunhas do caso Ceperj. Weber é ex-chefe da Secretaria de Trabalho e Renda (Setrab) e Justo é ex-secretário estadual de Ação Comunitária e Juventude.

Das duas pastas, apenas a Secretaria de Trabalho e Renda tinha projetos com cargos fantasmas no Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do RJ, o Ceperj. Weber, que é presidente do Podemos no Rio de Janeiro, foi um dos secretários denunciados pelo Ministério Público Eleitoral por abuso de poder político e econômico junto com o governador Cláudio Castro.

A Polícia Federal abriu, no início deste ano, um inquérito para apurar ameaças de Weber e Justo a testemunhas que contribuíram para as investigações no Ministério Público Eleitoral. Como antecipou a coluna, por causa das ameaças, o órgão pediu a antecipação da produção de provas ao Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro.

Tanto Gelby, quanto Weber são citados em depoimentos de testemunhas ao Ministério Público Eleitoral como secretários que participaram da organização de cabos eleitorais através de contratações fantasmas.

A Secretaria de Trabalho e Renda, chefiada por Weber, tinha parceria com a Ceperj em um dos projetos apontados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como um dos principais em contratações fantasmas com pagamento na boca do caixa.

O projeto “Casa do Trabalhador” possuía o maior número de cargos secretos no governo do Rio e foi suspenso em agosto de 2022 após reportagens mostrarem a existência de irregularidades e possíveis crimes. Weber tinha dois parentes nomeados no projeto.

Depois do “Casa do Trabalhador”, estava o “Esporte Presente RJ”, com 6.000 funcionários secretos, que recebiam salários na boca do caixa, divididos em 1.500 núcleos voltados para a prática de atividades esportivas. O projeto era uma parceria entre o Ceperj e a Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro (Suderj), que passou a ser comandada por Justo a partir do dia 5 de janeiro deste ano.

Justo deixou a presidência da Suderj na última semana por causa da articulação política do Palácio Guanabara. O MDB reivindicou o órgão, que foi assumido pelo irmão do deputado federal Otoni de Paula, Renato de Paula. Há quem diga, contudo, dentro do Palácio Guanabara, que o fato de Justo ser investigado pela PF também provocou a exoneração. Procurado pela coluna, Justo disse “não saber” sobre o inquérito da Polícia Federal e negou as acusações.

Weber deixou a Secretaria de Trabalho e Renda de Castro em fevereiro deste ano. Procurado, o ex-secretário não se manifestou sobre as investigações da PF sobre as supostas ameaças.

(Atualização às 16:00 do dia 4 de julho de 2023: À coluna, Patrick Weber negou que tenha ameaçado alguém e disse que desconhece a investigação da Polícia Federal.

“Estarei a disposição de qualquer órgão policial para possíveis esclarecimentos que possam surgir contra minha honra e minha pessoa”, esclareceu o ex-secretário.)

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