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Órgão que tratou de extradição de Allan dos Santos inicia 2022 acéfalo

Departamento do Ministério da Justiça está sem chefe desde que enviou pedido de extradição do bolsonarista Allan dos Santos à Interpol

atualizado

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Allan dos Santos veste traje social e sorri
1 de 1 Allan dos Santos veste traje social e sorri - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), órgão do Ministério da Justiça que pediu a extradição do ativista bolsonarista Allan dos Santos, começou 2022 sem um chefe formal.

A unidade está acéfala desde o início de novembro, quando o governo federal exonerou a delegada Silvia Amelia da chefia do DRCI por ter encaminhado o pedido de extradição do militante, feito pelo ministro do STF Alexandre de Moraes em outubro.

A cúpula do MJ ficou irritada por não ter sido informada sobre o pedido sigiloso de Moraes antes de Amelia encaminhá-lo para a PF. Por causa disso, o secretário nacional de Justiça, José Vicente Santini, próximo da família Bolsonaro, mudou o fluxo dos pedidos de extradição. Agora, é necessário que ele assine os pedidos.

Com isso, não há chances de um pedido ser feito sem que o círculo mais próximo de Jair Bolsonaro fique sabendo. Mais de dois meses depois da decisão de Moraes, o nome de Allan ainda não foi incluído na lista vermelha da Interpol.

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A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro
No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo
O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF
“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão
Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente
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Daniel Ferreira/Metrópoles
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A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro

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No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo

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O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF

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“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão

Fábio Vieira
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Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente

Aline Massuca
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Moraes também é relator de inquéritos em que o presidente e vários de seus aliados aparecem como investigados

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O mais recente é o que investiga Bolsonaro por associar as vacinas contra a Covid-19 com a contração do vírus HIV, causador da aids

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O inquérito motivou o início de mais um round entre os dois

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“Tudo tem um limite. Eu jogo dentro das quatro linhas, e quem for jogar fora das quatro linhas não vai ter o beneplácito da lei. Se quiser jogar fora das quatro linhas, eu jogo também”, disse o presidente

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