Oposição reforça articulação para CPI da Rachadinha
Bancada prepara campanha e retoma coleta de assinaturas
atualizado
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A bancada do PSol na Câmara prepara uma campanha para conseguir as assinaturas necessárias e instalar a CPI da Rachadinha na Casa. Os deputados decidiram reforçar a articulação nesta quinta-feira (2/9), depois que a coluna publicou uma entrevista com Marcelo Luiz Nogueira Santos, ex-empregado que denunciou supostos crimes da família Bolsonaro.
Marcelo afirmou que Ana Cristina Vale, ex-mulher do presidente, comandou o suposto esquema de corrupção no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro antes de o ex-policial Fabrício Queiroz ser contratado para a função. Ana Cristina ficava com cerca de 80% do salário de Marcelo, afirmou o ex-funcionário.
Para solicitar que Arthur Lira, presidente da Câmara, instale a comissão, o partido precisa de 171 assinaturas. Até agora, obteve 69. A sigla apresentou o pedido de criação da CPI em março. A movimentação acontece em meio às últimas sessões da CPI da Pandemia, fonte de desgaste para o governo Bolsonaro no Senado.
“Essas novas denúncias são um escândalo e comprovam a rede de corrupção que existe na família Bolsonaro. Trata-se de um complexo e sistemático esquema de desvio de dinheiro público. Não é possível que a Câmara ignore os fatos dessas operações lideradas pelo presidente e seus filhos”, afirmou a líder da bancada, deputada Talíria Petrone.