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Oposição quer ouvir presidente do BB sobre dívida de “menino da Dilma”

Após reportagem da coluna sobre dívida de Anderson Dorneles com o BB, Kim Kataguiri elaborou pedido para apresentar em comissão da Câmara

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Divulgação; Fernando Santos/BB
O diretor de Relações Governamentais da Cateno, Anderson Dorneles, e a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros
1 de 1 O diretor de Relações Governamentais da Cateno, Anderson Dorneles, e a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros - Foto: Divulgação; Fernando Santos/BB

O deputado Kim Kataguiri, do União Brasil de São Paulo, vai apresentar à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados pedido para convidar ao colegiado o diretor de Relações Governamentais da Cateno, Anderson Braga Dorneles, ex-braço direito de Dilma Rousseff, e a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.

Kataguiri quer que Tarciana e Anderson prestem esclarecimentos sobre redução de 93% em dívida contraída por ele, em 2016, com o BB. O valor foi de R$ 228.732,71, montante decorrente de um empréstimo inicial de R$ 149.148,44, feito em janeiro de 2016, para R$ 15 mil, a serem pagos em 10 prestações que variam entre R$ 3 mil e R$ 1.333,33, até junho de 2024.

O acordo foi apresentado à 23ª Vara Cível de Brasília em 15 de setembro, quase cinco anos após o início da ação de cobrança, em novembro de 2018, e homologado pela juíza Ana Letícia Martins Santini em 9 de outubro. O acerto foi feito entre Anderson e a Ativos S.A., securitizadora de créditos que faz parte do conglomerado do Banco do Brasil e substituiu a instituição financeira como cobrador no processo após cessão do crédito a receber.

Em 15 de agosto, um mês antes de o acordo ser informado à Justiça, Anderson passou a trabalhar como diretor de Relações Governamentais da Cateno, joint venture de pagamentos na qual o Banco do Brasil possui 30% e a Cielo, 70%.

O requerimento a ser apresentado por Kim Kataguiri pede esclarecimentos sobre “indícios de favorecimento” a Anderson Dorneles no acordo. Anderson foi assessor da ex-presidente Dilma Rousseff em seus quase seis anos de mandatos no Palácio do Planalto e, em razão da proximidade com a então mandatária, era conhecido como “menino da Dilma”.

“A gravidade da situação reside no possível conflito de interesses e na suspeita de favorecimento indevido, uma vez que Anderson Dorneles ocupava uma posição estratégica no governo anterior e, agora, ocupa um cargo relevante em uma empresa com participação estatal expressiva. A rápida e significativa redução da dívida, aliada à nomeação política na Cateno, demanda uma análise aprofundada para verificar se houve irregularidades, infringindo princípios éticos e legais”, disse o requerimento.

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metropoles.comGuilherme Amado

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