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Oposição aproveita letargia do governo para ameaçar projeto de apostas

Ao contrário de Fernando Haddad, as lideranças do governo no Senado não viram o projeto que regulamenta as apostas como uma prioridade

atualizado

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1 de 1 imagem colorida mostra plenário do senado - metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metropoles

Caiu sobre as lideranças do governo no Congresso a culpa pelo surgimento do movimento evangélico que tenta reduzir o potencial de arrecadação com o projeto que regulamenta as apostas esportivas.

A grita de opositores estava restrita a um grupo diminuto e sem muita influência nas negociações políticas, formado por nomes como Eduardo Girão, Magno Malta e Damares Alves. O atraso na votação em plenário, no entanto, fez outros senadores conservadores aderirem ao movimento com medo de sofrer represálias do eleitorado.

Na base do governo, criou-se a percepção de que os líderes da articulação no Senado, sobretudo Jaques Wagner e Randolfe Rodrigues, não deram a devida atenção à tramitação do projeto. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, considera a regulamentação uma das prioridades para este ano.

Haddad falou sobre o tema pela primeira vez em uma entrevista concedida no dia 3 de abril, quando elaborou medidas para aumentar a arrecadação e cumprir as metas do arcabouço fiscal. O texto do governo, enviado à Câmara em julho, foi votado pelos deputados em setembro e só obteve aprovação da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado em novembro. A análise da proposta em plenário foi adiada duas vezes e, agora, está prevista para a próxima semana.

Os opositores alinhados à bancada evangélica tentam retirar do projeto a regulamentação de outros jogos online, como os cassinos. Se a iniciativa for bem-sucedida, a Fazenda calcula que a arrecadação pode cair de R$ 1,7 bilhão para R$ 360 milhões em 2024.

Jaques Wagner, líder do governo no Senado, tem dito aos mais afoitos que a oposição não terá votos suficientes para aprovar o destaque que alteraria o relatório da CAE. Qualquer mudança no texto terá que ser ratificada pela Câmara.

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metropoles.comGuilherme Amado

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