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ONGs pedem para Senado manter “imposto do pecado” na reforma

Reforma tributária, conforme foi aprovada na Câmara, prevê a criação de um imposto seletivo para produtos que fazem mal à saúde

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1 de 1 Foto mostra pessoa descartando cigarros em uma lixeira com um fundo monocromático rosa - fumar cigarro - Metrópoles - Foto: Getty Images

Um grupo de organizações não-governamentais (ONGs) assinou uma carta pedindo que o Senado mantenha, na reforma tributária, a proposta para a criação de um imposto seletivo sobre produtos que fazem mal à saúde e ao meio ambiente.

O texto hoje propõe a criação do imposto, sem especificar oss itens que seriam taxados por ele. Esse rol será definido em uma regulamentação posterior, depois da aprovação da reforma.

A carta, assinada por mais de 130 organizações, entre elas WWF, Greenpeace, Instituto Socioambiental, ACT Promoção da Saúde, entre outras, pede que os senadores mantenham a previsão do imposto.

“Já há consenso na opinião pública sobre a necessidade do Imposto Seletivo: 94% da população brasileira é favorável ao aumento de impostos para produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente, segundo Pesquisa Datafolha”, diz o documento.

“O Congresso precisa responder aos anseios da população, garantindo a aprovação do Imposto Seletivo tal qual aprovado na Câmara dos Deputados, e impedindo que produtos que causem mal à saúde, ao meio ambiente e ao clima sejam favorecidos com benefícios fiscais.”

Hoje, o texto da reforma, conforme aprovado na Câmara, estipula que insumos agropecuários, alimentos destinados ao consumo humano e produtos de higiene pessoal não poderão receber imposto seletivo.

As entidades pedem que esse trecho seja alterado, já que ele impediria que a nova taxação incidisse sobre agrotóxicos, ultraprocessados e diversos outros itens que fazem mal à saúde.

As ONGs citam produtos que poderiam ser taxados com esse imposto, como agrotóxicos, combustíveis fósseis e poluentes atmosféricos, produtos do tabaco, alimentos ultraprocessados, bebidas alcoólicas, armas de fogo, revólveres, pistolas e munição. E pede também que os senadores incluam nas alíquotas reduzidas apenas produtos que promovam a saúde e a proteção ao meio ambiente.

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metropoles.comGuilherme Amado

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