metropoles.com

“Obrigado por tudo, te amamos”, disse miliciano para suplente do PP

Diálogo apareceu em quebra de sigilo citada em relatório da PF que embasou operação contra esquemas financeiros e políticos de miliciano

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
marcello siciliano
1 de 1 marcello siciliano - Foto: Reprodução

O miliciano Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, chefe do que hoje é um dos maiores grupos criminosos do Rio de Janeiro, enviou ao suplente de deputado Marcello Siciliano (PP-RJ) uma mensagem de aniversário e de agradecimento ao político, indiciado por supostamente ter vazado para a milícia informações de operações policiais.

“O irmão [Zinho] mandou um feliz aniversário e obrigado por tudo, te amamos”, disse o miliciano Vitor Cavalcanti, conhecido como Tabinha, em mensagem para Siciliano.

O diálogo apareceu em uma quebra de sigilo telefônico citada no relatório da PF que embasou a Operação Dinastia II, deflagrada nesta terça-feira (19/12), e que investiga esquemas financeiros e políticos da milícia de Zinho.

A PF afirmou que “irmão” é a forma como integrantes desse grupo miliciano se referiam ao paramilitar Wellington da Silva Braga, o Ecko, irmão de Zinho e chefe anterior do bando, antes de ser assassinado em junho de 2021. Quando ele foi morto, Zinho assumiu a chefia do grupo.

“Com a morte de Ecko, Luis Antônio da Silva Braga, vulgo Zinho (atual liderança da quadrilha), herdou o vulgo de seu irmão, o que ficou categoricamente comprovado no âmbito da operação Dinastia”, disse a Polícia Federal.

Siciliano é apontado pela PF como um braço da milícia no poder público. O suplente de deputado teria vazado informações de operações policiais contra milicianos do Zinho.

Quando era vereador na Câmara do Rio, Siciliano chegou a ser investigado por envolvimento no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. A relação do político com o caso foi descartada após a Polícia Federal descobrir que o delegado federal Hélio Khristian havia tentado confundir o foco dos investigadores.

Khristian foi acusado pelo MPF, em 2019, de tentar obstruir provas da investigação do assassinato de Marielle Franco e de Anderson Gomes. A denúncia afirmava que o delegado havia usado intermediários para tentar extorquir a quantia de R$ 300 mil de Sicilliano para não citá-lo como um possível mandante do assassinato da vereadora e de seu motorista.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comGuilherme Amado

Você quer ficar por dentro da coluna Guilherme Amado e receber notificações em tempo real?